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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Meio Ambiente

Morte misteriosa de pássaros é investigada pela Agência Municipal do Meio Ambiente

As aves foram encontradas em um pesque-pague desativado, que hoje serve apenas para criação de peixes

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 9 de fevereiro de 2019
Fungos
Laboratório já tem 39 amostras de sementes analisadas

Jefferson Santos

A morte de pássaros Colhereiros está sendo investigada pela Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA). As aves foram encontradas em um pesque-pague desativado, que hoje serve apenas para criação de peixes, localizado próximo a região do Rio Meia Ponte, no Conjunto de Chácaras de Recreio Samambaia.

Nunes da Costa, que faz parte de um grupo de observadores de pássaros, foi quem solicitou a visita da AMMA no local.  Ele conta que aquele ponto, onde as aves foram localizadas é um ponto de ancoragem delas, é naquela região que as aves oriundas do Hemisfério Norte, durante o processo de hibernação, costumam parar para descansar, bem como se alimentar.

“Estou aqui desde 1978 e nunca vi esse tipo de espécie de garça morrer. De uma semana pra cá já morreram nove aves. Elas chegam aqui para se alimentarem, mas não estavam tendo um comportamento legal, e de repente, começaram a morrer”, explica Nunes. De acordo com ele, foi apenas um bando que chegou, e que agora, irá observar os demais bandos para poder ver se vão chegar doentes ou se vão adoecer após ancorarem na Capital. 

Nunes explica que essas aves vão desde a Argentina até o Golfo do México, ela é oriunda de áreas pantaneiras, áreas alagadas, e que particularmente, gostam de ficar nas beiras de rios e lagos. 

Atrativos

A criação de peixe no local e também o Rio Meia Ponte são alguns atrativos para essas aves ancorarem em Goiânia. No Rio Meia Ponte elas encontram alguns crustáceos, caranguejos, que são responsáveis pela coloração rosa nas penas. “O Clube Jaó e a Embrapa, com a criação de peixes, são locais para elas ficarem por um tempo, eles vão se alimentar e depois seguem viagem”, salientou Nunes. 

A AMMA visitou o local na manhã desta sexta-feira (8), onde capturou uma ave, que estava doente, e a levou para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas). De acordo com a bióloga da AMMA, Vanessa de Castro, ainda é cedo para afirmar qual a causa das mortes. “Não posso ser precisa, mas no máximo três dias já teremos o resultado dos exames”, reforçou Wanessa.

Ela reiterou que será feito um monitoramento nas áreas onde essas aves estão ficando e conforme forem adoecendo elas serão devidamente tratadas para evitar que venham a óbito. Com relação à água, a AMMA informou que uma equipe de técnicos foi até o local para coletar amostras e realizar análise para tentar determinar a causa das mortes das aves. 

Relato

Nunes contou que na quinta-feira (7) entrou em contato com alguns médicos e biólogos informando a situação de uma ave em específico, de acordo com ele, essa ave estava regougando, como se tivesse com alguma coisa presa a sua garganta, e a partir disso, foi dada uma dose de amoxicilina para a ave, que, de acordo com Nunes, “amanheceu” melhor na sexta-feira (8). Essa mesma ave foi levada para o Cetas, onde recebe os devidos cuidados.  

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