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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Saúde

Sífilis soma mais de 13 mil casos em Goiás nos últimos cinco anos

Sendo 13.183 casos eram de sífilis adquirida, 6.423 de sífilis em gestantes e 1.473 de sífilis congênita

Postado em 15 de fevereiro de 2019 por Guilherme Araújo
Sífilis soma mais de 13 mil casos em Goiás nos últimos cinco anos
Sendo 13.183 casos eram de sífilis adquirida

Da Redação

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível (IST) que tem crescido de forma silenciosa entre a população. A doença normalmente passa despercebida, o que facilita a transmissão. Mesmo com as ações de saúde pública, de 2013 a meados de 2018, foram registrados 21.279 casos em Goiás, de acordo com o Boletim Epidemiológico da Sífilis de 2018, publicado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). Desses, 13.183 casos eram de sífilis adquirida, 6.423 de sífilis em gestantes e 1.473 de sífilis congênita – transmitida da mãe infectada para o feto durante a gravidez.

O aprimoramento do sistema de vigilância epidemiológica, feito pela SES, é uma das causas do aumento das notificações. “Mas esse crescimento também está relacionado à redução do uso de preservativo”, alerta a coordenadora estadual de IST/Aids da SES-GO, Milca de Freitas Queiroz, que destaca a importância da responsabilidade individual na prevenção da doença.

Milca afirma que para interromper a cadeia de transmissão das ISTs é fundamental que as pessoas percebam que também são responsáveis pelo processo de saúde e doença. “O uso do preservativo nas relações continua sendo de fundamental importância”, frisa.

Controle da doença

Em 2018, a SES-GO distribuiu 211.300 testes de sífilis aos municípios. Os kits são enviados a pedido das secretarias municipais de saúde. “Tivemos aumento da cobertura de testagem com a ampliação da distribuição de testes rápidos, o que também contribuiu para a identificação de mais casos da doença”, avalia.

Além de instituir o Comitê Estadual de Investigação de Transmissão Vertical de Sífilis, a SES-GO também capacita profissionais de saúde em testagem rápida e manejo clínico da doença. O objetivo é alcançar um diagnóstico precoce, evitando-se os casos graves da infecção.

Para o controle da doença, é fundamental a atuação dos profissionais de saúde, por meio de orientações preventivas e encaminhamentos adequados. “O profissional deve ficar atento para sinais e sintomas que possam indicar sífilis, a fim de identificar as pessoas infectadas e encaminhá-las para o tratamento adequado”, orienta.

“A maioria das pessoas com sífilis não apresenta sintomas. E mesmo quando os sinais aparecem, muitas vezes elas não os percebem, e podem assim, sem saber, transmitir a infecção aos parceiros sexuais. Além disso, quando não tratada, a sífilis pode evoluir para formas mais graves, comprometendo especialmente os sistemas nervoso e cardiovascular”, alerta.

Saiba mais

Também conhecida como cancro duro, a sífilis é uma doença infectocontagiosa, sexualmente transmissível (IST), causada pela bactéria Treponema pallidum. Sua evolução é lenta, com períodos de manifestação aguda e outros de latência (sem sintomas). Sem o tratamento adequado na fase inicial, pode comprometer todo o organismo.

Formas de transmissão

Da mãe para o bebê, durante a gravidez e parto, caso a mãe tenha alguma lesão; ou por sexo vaginal, anal e/ou oral sem o uso de preservativo.

Sintomas

A sífilis desenvolve-se em estágios, e os sintomas variam de acordo com as seguintes fases:

Sifilis primária: uma ferida indolor na genitália, no reto ou na boca.

Sífilis secundária: irritação na pele, manchas nas palmas das mãos e pés. Queda de cabelo e cílios.

Sífilis latente: sem sinais e sintomas.

Sífilis terciária: lesão nos ossos, na pele, neurológicas e cardiovasculares.

Tratamento

A sífilis é tratada com penicilina. Os parceiros sexuais também devem ser medicados. 

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