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domingo, 16 de março de 2025
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Cidades

Cresce alunos no tempo integral

Escolas particulares foram as que mais registraram aumento no número de matrículas

Postado em 25 de fevereiro de 2019 por Sheyla Sousa
Exploração infantil ainda é realidade
De acordo com IBGE

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Isabela Martins*

O número de alunos no ensino em tempo integral nas escolas particulares teve um aumento em 2018. No ensino fundamental passou de 2,1% para 2,2%. Já no ensino médio subiu de 3,9% para 4,0%. Os dados são do Censo Escolar de 2018 divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Enquanto na rede privada o número de matrículas aumentou, na rede pública houve queda de 19,4% em 2015, para 10,9% ano passado. No ensino integral os alunos passam sete horas nas unidades participando de diversas atividades. 

No Colégio Externato São José, por exemplo, a procura pelo ensino integral na unidade é crescente ano a ano, e que a forma de ensino não é uma obrigatoriedade e sim uma opção oferecida às famílias.  “A procura é crescente, e a necessidade que as famílias enxergam ao invés de deixar as crianças apenas ligadas à tecnologia, que se integrem as atividades, e que a escola também colabore em desenvolvê-las”, afirma a diretora da unidade, Tatiana Santana.

A diretora ainda ressaltou que a educação em tempo integral é para fazer com que o tempo do aluno nas unidades seja de qualidade, de forma que valorize a permanência e amplie as diferentes possibilidades de acesso ao conhecimento.   

Durante as sete horas em que ficam nas unidades de ensino os alunos tem a possibilidade de desenvolver o conhecimento em diferentes áreas. Um dos exemplos é o oferecido no Colégio Externo. De acordo com Tatiana, a instituição em que ela integra oferece aos seus alunos três bases que irão colaborar na vida da criança. Eixo esportivo com atividades como vôlei e judô. Para os que precisam desenvolver responsabilidades com os estudos ou alguma atividade avançada de matemática são inseridos no eixo intelectual. E por fim o cultural com atividades de arte e dança. Na instituição são 120 alunos matriculados em tempo integral.

Ensino Público 

Segundo o Censo nas escolas da rede pública do país houve uma diminuição na quantidade de matrículas no ensino fundamental. Passou de 16,3% em 2017 para 10,9% em 2018, esse número chegou a 19,4% em 2015. No Brasil são mais de 27 milhões de estudantes no período integral, desses, 83% estão em escolas públicas. 

De acordo com a Secretaria Estadual de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), as matrículas em tempo integral nos anos iniciais do ensino fundamental foram de 10.014 e já nos anos finais o número subiu para 20.167. No ensino médio foram realizadas no ano passado 14.151 matrículas. O número de escolas de tempo integral são 111 no ensino fundamental e 84 no médio em todo o Estado. Algumas unidades oferecem os anos iniciais e finais do ensino fundamental, já outras os últimos anos do fundamental e o ensino médio. 

O projeto de escolas de tempo integral no Estado começou em 2006 apenas em escolas de ensino fundamental e, segundo a superintendente da Seduce, Márcia Antunes, na época, algumas entidades foram implantadas sem muitos critérios, que não levavam em conta infraestrutura do ambiente, público e outras questões que devem ser avaliadas. Desde 2015 a implantação de escolas do ensino fundamental um para o tempo integral passou a ser uma responsabilidade do município.

Em 2012 as escolas de ensino médio começaram a virar integrais, e segundo a superintendente a implantação foi de forma diferente. “Já inicia desde essa época uma proposta de educação integral em tempo integral, onde o estudante não terá só mais horas nos dias de aula, teremos um projeto pedagógico bastante fortalecido, e aí para garantir que esse projeto pedagógico de fato se fortaleça, a gente começa a trabalhar com professores em tempo integral, com currículo totalmente integrado a base nacional comum curricular”.

De acordo com a superintendente, os estudantes têm aulas no período da manhã e tarde de modo que, principalmente com os alunos do ensino médio se trabalhe um projeto de vida. “Os nossos estudantes do ensino fundamental dois eles seguem para o ensino médio, e esses do ensino médio é comum que eles sigam para as universidades. A gente prima para outra projeção para esses alunos. Amplia os horizontes desses estudantes para que eles projetem o futuro”. Ainda segundo ela a meta é que se amplie o número de escolas em tempo integral, mas para isso é necessário que se pense na infraestrutura das unidades, e na remuneração adequada para que os professores tenham melhores condições de planejar suas aulas. (Isabela Martins é estagiária do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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