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sábado, 15 de março de 2025
Cidades

Mutirama vai abrir licitação para novos permissionários

Novo leiloamento para permissionários faz parte do termo de ajustamento do parque. Prefeitura aguarda laudo técnico para realizar abertura do local

Postado em 21 de março de 2019 por Sheyla Sousa
Exploração infantil ainda é realidade
De acordo com IBGE

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Higor Santana*

A prefeitura de Goiânia informou que irá fazer uma nova licitação dos quiosques no parque Mutirama. Segundo a Agência Municipal de Turismo Eventos e Lazer (Agetul), responsável pelo parque, a nova licitação é uma exigência do termo de ajustamento de conduta, assinado pela prefeitura e pelo Ministério Público (MP). Em fevereiro, o prefeito Iris Rezende teria pedido a saída de comerciantes que trabalham no interior do parque, devido a novo processo licitatório para 28 pontos.

Com a nova licitação, vão funcionar somente 26 quiosques no interior do parque. Antes eram 46, entre médias e pequenas unidades, como para comercializar pipocas. O termo de referência para a contratação dos novos permissionários já foi encaminhado para a Secretaria de Administração e está sob análise da procuradoria do município, e somente após esta fase será aberto ao público. 

Segundo a Agetul, com a regularização dos quiosques, a prefeitura e o MP querem evitar que o negócio seja transferido de geração para geração, como acontecia. Ainda segundo a Agência, serão ofertados dois tipos de espaços; o médio, estilo quiosque, e o pequeno, como carrinhos e pequenas bancas, de tamanho padrão e já com locais definidos. Segundo a prefeitura, só poderão concorrer pessoas físicas, e o valor mínimo a ser cobrado será baseado no código tributário do município.

De acordo com o gestor dos contratos de reforma do parque Frank Fraga, permissionários antigos do parque participaram de diversas reuniões com a prefeitura e MP sobre a nova licitação. Ontem alguns foram até o parque para retirar suas estruturas, o que estava acontecendo desde a semana passada. Segundo o gestor de contratos, o que restou está sendo colocado em um depósito. “Tudo que restou está sendo levado para um depósito público. As unidades estão sendo identificadas, caso eles queiram retirá-las depois”, disse.

Alguns permissionários alegam que a ação é ilegal, por conta de todos terem a inscrição municipal, necessária para trabalhar no parque. Alegaram ainda que, não foram informados da retirada das estruturas e que estão sem ter como trabalhar por conta da nova licitação.

Protesto 

Em fevereiro, alguns permissionários foram à Câmara Municipal de Goiânia reivindicar a permanência no local. Os empresários solicitaram ajuda dos vereadores para que os antigos ocupantes fossem priorizados no processo. 

Ontem os licenciados protestaram novamente na porta do parque contra a retirada de bancas e quiosques. Eles alegam que com a nova licitação para autorizar a exploração dos locais, cerca de 36 permissionários que trabalham no local há cerca de 20 anos serão retirados.

Em sessão na Câmara, o vereador Lucas Kitão (PSL), disse que é nesse fato que reside o impasse com a Prefeitura, e que o requerimento para ampliação da licitação foi feito pelo vereador Paulo Daher (DEM). Kitão disse ainda que não é contra o novo processo, mas destaca que tudo tem que ser feito de maneira legal. “Entendo que, com a reabertura, a Prefeitura queira refazer tudo, mas tem que seguir Lei, com notificação e avisos”, esclarece.

Reforma

De acordo com a prefeitura, já foram investidos R$ 2,3 milhões na reforma do parque. Dos 27 brinquedos, 16 já foram testados. Segundo o Agetul, a maior dificuldade para recuperar as estruturas é encontrar as peças. Por conta do tempo de fabricação, não é possível encontrar o material necessário para fazer a substituição. 

Segundo o engenheiro Alisson Belle, foram definidos vários itens de segurança que não estavam nos brinquedos. “Foi um número grande de adequações a serem realizadas em cada brinquedo e isso demanda um tempo. Foram identificados diversos problemas técnicos, mas todos possíveis de serem resolvidos”, afirmou.

Reabertura 

Em julho de 2017, depois do acidente com o brinquedo Twister que deixou 13 pessoas feridas, o parque passou por avaliações de técnicos, e em fevereiro de 2018 laudos e termos de referência dos brinquedos foram realizados. Em agosto do mesmo ano começaram as obras, mas a reabertura programada para outubro não aconteceu.

Em janeiro deste ano, uma equipe de técnicos da empresa gaúcha Bellé Engenharia, que ganhou o processo licitatório para fazer o diagnóstico e emitir os laudos de segurança, esteve em Goiânia para realização de novas aferições dos 27 brinquedos do parque. De acordo com o presidente Agetul, Ronaldo Vieira, assim que o laudo for repassado à Prefeitura de Goiânia, será possível definir a data de reabertura do parque. (Higor Santana é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

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