Ministério Público proíbe evento ‘A Casa’, em Goiânia
Por um mês, entre agosto e setembro de 2018, foram realizados no local shows ao vivo, com barulhos acima dos limites estabelecidos pela legislação, fato que causou transtornos aos moradores do bairro
Da Redação | Foto: Nelson Pacheco
A pedido do Ministério Público de Goiás, o juiz Danilo dos Santos interditou e cessou as atividades da empresa conhecida como Box Dream, e seus sócios Felipe Câmara Teixeira Campos e Paulo Victor Leão de Souza, responsáveis pelo Projeto A Casa, realizado no setor Alto da Glória, em Goiânia.
Por um mês, entre agosto e setembro de 2018, foram realizados no local shows ao vivo, com barulhos acima dos limites estabelecidos pela legislação, fato que causou transtornos aos moradores do bairro. Conforme explica o promotor de Justiça Marcelo Fernandes de Melo, autor da ação, “o empreendimento não possui licença ambiental para funcionamento, sendo necessária a paralisação de suas atividades para eventos futuros até a comprovação de execução de projeto técnico de adequação acústica capaz de impedir a propagação de ruídos acima dos limites legais e obtenção do devido licenciamento ambiental para seu funcionamento”. Essas providências foram determinadas pelo magistrado na liminar, sob pena de multa no valor de R$ 200 mil.
De acordo com o processo, o empreendimento começou a funcionar na área entre a Rua 106 e Rua Araxá de forma totalmente irregular, sem licenciamento ambiental, cujo trâmite requer a realização de estudos técnicos, tais como impacto de trânsito e vizinhança e implantação de projeto de adequação/vedação acústica em suas instalações, uma vez que o imóvel é totalmente aberto, de grande porte, com área total de 13mil m² para público de até quase mil pessoas, o que não foi providenciado, propagando ruídos acima dos limites estabelecidos pela legislação e causando transtornos à vizinhança.
A equipe de reportagem do Jornal O Hoje tentou contato com a Agência Box Dream, porém, nossas ligações não foram atendidas.