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domingo, 24 de novembro de 2024
precariedade

Falta de higiene em centros de saúde afeta 2 bilhões de pessoas

Sete mil bebês morreram, em 2017, pela inadequação no parto

Postado em 3 de abril de 2019 por Suzana Ferreira Meira
Falta de higiene em centros de saúde afeta 2 bilhões de pessoas
Sete mil bebês morreram

Uma em cada quatro unidades de saúde no mundo, considerando sobretudo os
países em desenvolvimento, tem problemas graves de falta de serviços básicos de
água e higiene, impactando mais de 2 bilhões de pessoas.

Nesses locais não há instalações básicas para higiene das mãos e
separação correta e segura de eliminação de resíduos.

Os dados estão em um relatório divulgado hoje (3) pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) e pelo Programa Conjunto de Monitoramento do Fundo
Internacional de Emergência para a Infância das Nações Unidas (Unicef) para
Abastecimento de Água, Saneamento e Higiene.

Segundo o estudo, sete mil recém-nascidos morreram em 2017. Mortes que
poderiam ter sido evitadas, se houvesse condições adequadas nos centros de
saúde. A OMS e o Unicef apelam para que as autoridades públicas tomem as
providências.

O documento informa que os cuidados básicos de higiene são fundamentais
para prevenir infecções, redução da disseminação da resistência antimicrobiana
e fornecimento de cuidados para o parto seguro.

Alerta

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António
Guterres, advertiu sobre as ameaças contidas na ausência de cuidados nos
centros de saúde no mundo.

“Os serviços de água, saneamento e higiene nas unidades de saúde são os
requisitos mais básicos de prevenção e controle de infecções e de atendimento
de qualidade. São fundamentais para respeitar a dignidade e os direitos humanos
de todas as pessoas que procuram cuidados de saúde e dos próprios profissionais
de saúde”, ressaltou.

Estudo

A pesquisa constatou que um em cada cinco nascimentos ocorre em
situações inadequadas, pois 17 milhões de mulheres dão à luz em centros de
saúde sem as condições mínimas.

“Quando um bebê nasce em um estabelecimento de saúde sem água,
saneamento e higiene adequados, o risco de infecção e morte para a mãe e o bebê
é alto”, disse a diretora executiva do Unicef, Henrietta Fore.

“Todo parto deve ser apoiado por mãos seguras, lavadas com água e sabão,
usando equipamentos esterilizados, em um ambiente limpo”, disse  ela.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, advertiu sobre os
riscos existentes.

“Imagine dar à luz ou levar seu filho doente a um centro de saúde
sem água potável, banheiros ou instalações para lavar as mãos. Essa é a
realidade de milhões de pessoas todos os dias”, finalizou. (Agência Brasil)

 

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