Governo e Iphan destinam R$ 7 milhões para recuperação da Chefatura de Polícia, na Praça Cívica
Caiado visitou prédio, que é tombado pelo Iphan, e falou da liberação de recursos do Instituto para reabrir espaço fechado desde 2015
Da Redação
“Estamos reconstruindo Goiás e reconstruindo também a parte histórica do nosso Estado.” Assim o governador Ronaldo Caiado anunciou, neste domingo (14), o início das obras de recuperação do prédio da antiga Chefatura de Polícia, localizado na Praça Pedro Ludovico Teixeira, mais conhecida como Praça Cívica.
O edifício, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e protegido no âmbito estadual pelo Decreto nº 4.943, está fechado desde 2015 devido ao comprometimento de sua estrutura. Após negociação do governo de Goiás, o Iphan irá disponibilizar recursos para a recuperação do espaço. “Hoje depois de uma longa atuação nossa junto ao governo Federal, a presidente do Iphan, Dra. Kátia [Kátia Bogéa], vai destinar R$ 7 milhões para gente recuperar todo esse prédio, que a partir dos próximos meses estará à disposição da população de Goiânia”, declarou Caiado.
Kátia Bogéa enfatizou a necessidade urgente de restauração da estrutura que compõe o conjunto arquitetônico da Praça Cívica, onde estão localizados os principais prédios institucionais da capital. Segundo Kátia, o projeto para restauração já está finalizado. “O Iphan está restaurando outro prédio em Art Déco que abrigará a sede do Iphan em Goiás. Agora, soma esforços com o governo estadual para recuperar a Chefatura de Polícia. Todo projeto para restauração deste prédio está preparado”, destacou. O projeto prevê a recuperação do imóvel valorizando a arquitetura original.
Em visita ao local, o governador constatou a situação de abandono do espaço, que está com a parte estrutural totalmente danificada. “Esse prédio está comprometido. Ainda bem que conseguimos, em caráter de urgência, que a Dra. Kátia viesse e assumisse imediatamente a recuperação. Se demorasse muito, esse prédio iria desabar”, avaliou.
“Não tem parte elétrica, a parte hidráulica está toda comprometida e o telhado está muito danificado. A ideia é restaurar, recuperar o formato original dele, além de arrumar a parte estrutural”, esclareceu o agente de polícia e historiador, Bruno Garajau, coordenador do Projeto Olhar, que pretende transformar o prédio em um Centro de Memória da Polícia Civil (PCGO), englobando o Arquivo e o Museu da PCGO.
O edifício, projetado pelo arquiteto urbanista Attilio Corrêa Lima na década de 1930 em estilo Art Déco, foi o primeiro prédio da Polícia Civil. Além da Chefatura de Polícia, o prédio já abrigou a Superintendência de Planejamento do Estado (Suplan) e, mais recentemente, a Agência Goiana de Cultura Pedro Ludovico Teixeira (Agepel).