Lissauer garante tranquilidade com ação equivocada do MP
Rubens Salomão
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Lissauer
Vieira (PSB), garante que recebeu com muita tranquilidade a decisão da 5ª
Câmara Cível do Tribunal de Justiça que define o bloqueio de bens (R$ 1,2
milhão) do parlamentar. Ele aponta que a medida se tornou regra, mesmo quando
não há prova de qualquer ilegal praticado. “Trata-se de análise preliminar de
um pedido de indisponibilidade de bens do deputado estadual Lissauer Vieira,
num processo em que se questiona sua participação em um show no aniversário de
Rio Verde, em 2015”, reconhece o presidente em nota. O show aconteceu de fato e
sem qualquer indício de irregularidade, segundo o texto. O questionamento do
Ministério Público diz respeito exclusivamente a uma “descabida denúncia de que
houve favorecimento à imagem do deputado por ele ter participado do evento”. O
próprio MP em Rio Verde reconheceu nos autos que não houve dano ao erário e que
o suposto ato teria se resumido à ofensa de princípios. O processo está no
início e Lissauer acredita que poderá provar o “equívoco da acusação”.
Privilégios
A concessão de passaporte diplomático ao bispo da
Igreja Universal, Edir Macedo, e sua mulher é alvo de ação popular na Justiça
Federal. O pedido para que o passaporte seja rejeitado é assinado pelo advogado
Ricardo Amin Abrahão Nacle.
Nada a ver
O Ministério das Relações Exteriores concedeu passaportes
diplomáticos ao proprietário da TV Record. Os documentos cedidos pelo governo
de Jair Bolsonaro têm validade de três anos.
Fogo amigo
O líder da bancada do PSL, deputado federal Delegado Waldir,
voltou a disparar contra o governo federal na difícil relação entre o Palácio
do Planalto e Congresso, com destaque ao debate sobre a reforma da Previdência. “Quem manda na reforma da Previdência é
o Rodrigo Maia, presidente
da Câmara. O Rodrigo Maia é
o primeiro ministro”, declarou Waldir ao Estadão. De acordo com o
delegado, o governo ainda não possui o número de deputados necessários para
aprovar a reforma, nem está se esforçando o suficiente para buscar este apoio. Para
ele, Bolsonaro tentou
criminalizar o parlamento ao defender uma distinção entre “nova e velha política”.
“O presidente colocou todos os parlamentares no mesmo saco. Nós temos
parlamentares que respondem a processos, mas temos parlamentares espetaculares.
Ninguém vai votar no governo porque o Bolsonaro tem olhos azuis. Ele tem que
fazer carinho na cabeça do parlamentar”, disse. Waldir também
afirmou não ter medo de perder a liderança do partido, uma vez que seu papel é
defender os eleitores que o elegeram.
CURTAS
Autonomia – “Eu
não sou submisso ao presidente. Eu não devo meu mandato a ele. Meu patrão é o
eleitor”, definiu Waldir, em rota de colisão.
Cores – O Estádio
Serra Dourada começa a mostrar como estará para o início do Brasileirão.
Pintura a cargo do Goiás Esporte Clube em parceira com o governo.
Correções –
Faltam 11 dias para a estreia contra o São Paulo e ainda restam pintura, a sala
do VAR, além dos vestiários e reforma elétrica.
Interesse goiano
A Câmara Federal tem na pauta para votação de hoje o
relatório da de José Nelto (Podemos) sobre Medida Provisória 862/2018, que cria
a Região Metropolitana de Brasília (Rembra), em comissão criada para debater o
assunto.
Detalhes
Goiás tem restrições sobre a forma como foi elaborada a
medida no ainda governo Michel Temer. Depois de aprovada, será necessária a
aprovação de lei complementar pela Assembleia Legislativa dos estados
envolvidos e pela Câmara Legislativa.
Em tempo
O promotor de Justiça Fernando Krebs apresentou denúncia
acusando o ex-presidente da antiga Agecom, José Luiz Bittencourt, de pagar uma
suposta empregada doméstica com dinheiro dos cofres públicos do Estado.
Limites
Segundo a ação, Maria Dulce Lopes foi indicada para cargo de
assessora especial na presidência da agência entre março de 2011 e agosto de
2013, mas, nesse período, “não prestou serviços à administração pública
estadual”.
Assombração
Krebs apresenta como indícios de que Maria Dulce era
servidora “fantasma” dados do INSS, que mostram vínculo trabalhista com uma
empresa no Paraná e outra no Rio de Janeiro, além de irregularidades no
registro da frequência na autarquia.
Pegue a fila
Deputados federais aprovaram em Brasília a
inversão de pauta para que a PEC do Orçamento impositivo seja votada antes da
reforma da Previdência na CCJ.