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sábado, 23 de novembro de 2024
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O esporte como forma de superação

A atleta, que ficou em terceiro lugar no futevôlei nos Jogos Universitários de Goiás, conta que foi através do esporte que conseguiu superar a perda na família

Postado em 22 de abril de 2019 por Jefferson Pereira dos Santos
O esporte como forma de superação
A atleta

Da Redação

O esporte, além de ser uma forma de manter a saúde em dia, também é visto, por muitos, como uma forma de superar um trauma. Esse é o caso da Áckisa Mendonça, de 24 anos. Ela, que pratica futevôlei desde 2017, viu no esporte, uma forma de superar a morte do pai, Lucas Mendonça.

Áckisa conta que entrou em depressão após o falecimento do pai, e que por conta disso, acabou perdendo 11 quilos. Segundo ela, foi por conta do seu fisioterapeuta, Leonardo Davi, que ela apaixonou pelo esporte das quadras de areia. “Um dia meu fisioterapeuta, que cuidou dos meus joelhos operados me mandou mensagem perguntando o que eu ia fazer porque ele queria me levar para uma coisa que eu ia gostar. Fui com ele, era uma quadra de futevôlei. A partir daí, apaixonei pelo futevôlei e não consigo me imaginar sem praticar esse esporte”, contou Áckisa.

De lá pra cá ela teve uma série de lesões, mas em momento algum pensou em desistir. “Dois meses depois de começar a treinar eu tive uma lesão que me tirou dos treinos por seis meses. Ainda voltei, treinei mais algum tempo e lesionei de novo, mas em momento algum eu pensei em desistir de continuar treinando”, disse.

Áckisa disputou, nos Jogos Universitários de Goiás (JUGs), o futevôlei, modalidade que faz parte de outras cinco modalidades, sendo femininas e masculinas. “Eu voltei a treinar em fevereiro desse ano, mas sem objetivo. Vi uma postagem da FGDU no Instagram falando da modalidade no JUGs, vi isso como oportunidade de mostrar o esporte pra minha universidade, na intenção de chamar mais gente e disseminar esse esporte maravilhoso”, afirmou a atleta.

Na competição, ela, que fez dupla com Ingrid Knuivers, de 18 anos, ficou em terceiro lugar, levando a medalha de bronze. “Essa medalha foi com gosto de ouro. Jogar contra Viviane e Amanda, Nuala e Fernanda, jogadoras que estão há muito tempo treinando e se dedicando, foi bom demais, são pessoas em quem me inspiro, além, claro, das profissionais, Lana, Josy, Natália e Bianca. E no fim, me senti realmente honrada, mesmo não jogando o que eu esperava”, ressaltou Áckisa.

Áckisa treina seis vezes por semana, duas delas, nas terças e quintas, com um professor, nos demais dias, quarta, sexta-feira e domingo, ela treina sozinha. Ela conta que foi pro JUGs um pouco desacreditada, mas o intuito principal era competir. “Vim pro JUGs com uma parceira que nunca jogou futevôlei, não tivemos patrocínio, a UEG ofereceu apenas o transporte. Em momento nenhum eu pensei em desistir, apesar de ficar desacreditada muitas vezes, mas eu queria muito competir”.

Esse foi o primeiro torneio que só com atletas femininas que ela participou, e que, segundo ela, foi um sufoco enorme estar aqui, mas que volta pra Goiânia feliz pela conquista e focada ainda mais nos treinamentos.

Os JUGs

Os Jogos Universitários de Goiás (JUGs) 2019 foram realizados em Rio Verde entre os dias 17 e 21 de abril. Foram disputadas no município do sudoeste goiano partidas de vôlei de areia, futvôlei, futsal, handebol, basquete, voleibol, nas modalidades masculinas e femininas.

Participou desta etapa do JUGs mais de 600 alunos atletas de 14 universidades goianas. O evento foi realizado pela Federação Goiana de Desportos Universitários (FGDU), com apoio da Prefeitura de Rio Verde, por meio da Secretaria de Esportes, CBDU, Universidade de Rio Verde (Unirv), Super Bolla, Câmara Municipal de Rio Verde e Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

Os classificados nesta etapa vão disputar em agosto, em Vitória (ES), a Conferência Central dos Jogos Universitários Brasileiros de Quadras, no qual estarão as principais equipes do Mato Grosso, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Distrito Federal, Minas Gerais e Goiás. 

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