Foto: Douglas Monteiro / Vila Nova 

Felipe André

O novo empate do Vila Nova na Série B diante da Ponte Preta causou ainda mais revolta a torcida colorada, que protestou na manhã desta última sexta-feira (10) com pichações nos muros do Onésio Brasileiro Alvarenga. A eliminação na Copa do Brasil para o Juventude jogando no Estádio Serra Dourada foi o estopim para os torcedores que vaiaram o Tigrão naquela ocasião e repetiram o ato contra a equipe paulista.

Dois nomes no elenco do Vila Nova escapa de crítica neste momento, o meio-campista Alan Mineiro e o goleiro Rafael Santos, que recentemente recusou uma oferta do Vasco da Gama para continuar na equipe goiano. O atleta que chegou no ano passado após passagem pelo Bahia caiu nas graças da torcida e vem assumindo um papel de líder dentro e fora de campo.

“Eu quero dizer que eu estou vivendo um momento da minha
carreira muito feliz apesar do Vila não estar conseguindo vencer, mas eu
trabalhei muito para viver esse momento e conquistar essa torcida. Eu tenho trabalhado
arduamente para ter o reconhecimento, eu fiquei no Vila e não foi atoa não,
fiquei porque acredito no acesso para a Série A. Ouvi um monte de coisa e tinha
gente falando que eu ia deixar o Vila por causa de dinheiro, que eu ia sair por
não estar vencendo, mas eu não vou largar o Vila não, vou continuar enquanto eu
tiver força para fazer o que faço com qualidade e respeitando sempre o torcedor,
pois ele é movido a paixão e eles estão corretos em protestar, nosso time tem
que jogar mais, nós temos que ganhar mais”, afirmou o goleiro.

Rafael havia deixado claro a insatisfação com a falta de gols após a partida contra o Juventude e repetiu após o empate sem gols contra a Ponte Preta, mas sem perder a esperança de brigar alto na tabela.

“Tem que dar conta, tem que acertar o
que precisa, as críticas são pesadas, mas jogador de futebol tem que saber e
entender o momento. Já que o momento é esse na hora que tiver uma oportunidade
dá um bico, faz um gol de bico. Estamos vivendo um momento complicado só que
estamos trabalhando forte e tendo oportunidade para vencer o jogo, tenho
certeza que essa maré vai virar e vamos atrás dos pontos para brigar pelo
acesso”, continuou Rafael.

O nervosismo pela cobrança se uniu com o mal momento do Vila Nova e resultou em uma partida de baixa qualidade técnica no Serra Dourada, mas mesmo assim Rafael Santos falou sobre o lado positivo e negou ter sido a pior partida da equipe desde que chegou ao Tigrão.

“A nossa pior atuação desde que eu cheguei no Vila, onde não
tivemos nem posse de bola foi contra o Crac fora de casa, hoje eu vi a equipe
tentando só que infelizmente a bola não está entrando. Temos trabalhado forte e
tenho certeza que essa maré vai virar”, ressaltou.

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Falta de gols

“O problema é de todos, não só ataque, já que a construção
da jogada começa é aqui. Se não me engano o gol que o Juninho errou começou
comigo aqui na defesa, então nós construímos tudo e na hora de defender o
ataque ajuda demais, não tomamos gols por conta deles também”.

Família Vila Nova

“O que tiver que ser feito no Vila para mudar precisa ser
feito, a culpa não é só do Danilo ou de outros jogadores que não vieram para
esse jogo, a culpa é nossa pois isso aqui é um grupo. O ambiente que a gente está
vivendo é de trabalhadores e de uma família, todos que chegam eu digo ‘sejam
bem-vindo a essa família’ e nos momentos ruins a família tem que se unir”.