Polícia encontra R$ 200 mil em fundo falso de banheiro
Polícia Civil diz que dinheiro escondido dentro de uma parede, atrás de um armário, pode ter vindo do tráfico de drogas
Eduardo Marques
A Polícia Civil (PC) apreendeu na noite desta quarta-feira (19) mais de R$ 200 mil em uma operação que investiga tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, em Rio Verde, a cerca de 230 km de Goiânia. O mandado foi cumprido na casa de um suposto traficante, que possui passagens pela corporação. Os valores estavam escondidos dentro da parede, atrás do armário, em um banheiro da residência do investigado. Para não atrapalhar as investigações, a corporação decidiu não informar o nome do suspeito, que não foi preso.
Ao O Hoje, o delegado responsável pelo caso, Adelson Candeo, disse que após cumprir pena por tráfico de drogas, o investigado continuou supostamente cometendo o mesmo delito na região. Diante das suspeitas, a corporação decidiu realizar uma busca e apreensão na casa dele.
“Tudo leva crer que esse dinheiro seja do tráfico de drogas de Rio Verde. O suspeito já foi preso antes por tráfico e agora é investigado também por lavagem de dinheiro”, contou.
Ainda segundo o delegado, seis policiais do Grupo de Repressão a Narcóticos (Genarc) de Rio Verde participaram das buscas que aconteceram entre 17h e 21h desta quarta. As investigações começaram, segundo Candeo, em fevereiro deste ano.
“No início, a primeira atitude dele quando viu a chegada dos policiais foi quebrar o próprio celular para impedir que a gente tivesse acesso qualquer tipo de informação”, informou o delegado.
Sobre o fundo falso, Adelson afirmou que, durante as investigações, receberam a informação de que o suspeito guardaria droga e dinheiro atrás do armário do banheiro.
“Foi necessário tirar parte do piso para encontrar”, disse o delegado, acrescentando que outras partes da casa foram vasculhadas e que nenhuma droga foi apreendida.
Candeo declarou que não prendeu o indivíduo porque o inquérito vai continuar com novas diligências com o foco nesse caso nos próximos dias. “Levamos [suspeito] até a delegacia, mas decidimos neste momento que não era necessária a prisão dele. Mas o inquérito continua com novas diligencias com foco sobre esse caso nos próximos dias. O dinheiro fica apreendido e ao fim do inquérito decidimos o que fazer com o suspeito e enviamos para o poder Judiciário”, relatou.