Atentados na Tunísia têm como alvo forças de segurança
O primeiro homem-bomba acionou o dispositivo que levava, próximo a uma patrulha da polícia na Rua Charles de Gaulle, no centro da capital
Dois atentados abalaram hoje (27) a capital da Tunísia, Tunes. Uma pessoa morreu e várias ficaram feridas, de acordo com o primeiro balanço. O alvo foram as forças de segurança, em diferentes locais da cidade. A autoria dos atentados ainda não foi reivindicada e não há suspeitos.
O primeiro homem-bomba acionou o dispositivo que levava, próximo a uma patrulha da polícia na Rua Charles de Gaulle, no centro da capital. Um policial morreu e pelo menos mais quatro pessoas ficaram feridas – um policial e três civis, informou o Ministério do Interior tunisiano.
Cerca de uma hora depois, outro homem-bomba explodiu no bairro de al-Qarjani, ferindo quatro pessoas. As áreas dos atentados foram isoladas pelas forças de segurança, sob pesada vigilância.
O governo da Tunísia tem enfrentado grupos militantes na fronteira com a Argélia desde a revolta da Primavera Árabe de 2011, que derrubou o líder autocrático Zine Abidine Ben Ali. A elevada taxa de desemprego tem provocado também agitação social.
Ataques
O ano de 2015 ficou marcado por uma onda de atentados que visaram especialmente pontos turísticos, incluindo um museu na capital e uma praia em Sousse, deixando vários mortos.
Um ataque atingiu a guarda presidencial em Tunes, matando 12 pessoas. O grupo islamita Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade, e o governo tunisiano decretou estado de emergência em novembro desse ano.
Apesar de a segurança ter melhorado desde então, os atentados afetaram especialmente no turismo, agravando a crise económica que o país atravessa.
Em outubro passado, a relativa calma de anos recentes foi interrompida quando uma mulher acionou um explosivo no centro de Tunes, ferindo 15 pessoas, entre elas 10 policiais.
O início de 2018 foi marcado por manifestações e protestos violentos contra a austeridade, que abalaram Tunes durante três dias, em janeiro. Mais de 200 pessoas foram detidas. (Agência Brasil)