Começa hoje, no Centro-Oeste, turnê da Banda NDK
Brasília, Brazlândia, Anápolis e Goiânia sediam shows dos músicos de Jundiaí (SP)
Sabrina Moura
O grupo paulista NDK inicia, hoje (28), sua primeira turnê pela Região Centro-Oeste. A banda de rock alternativo se apresenta, nesta sexta-feira (28), em Brasília (DF); no sábado, (29), em Brazlândia (DF), e, no domingo (30), em Anápolis e Goiânia.
A NDK – que vem construindo uma nova história no cenário do rock nacional com contestação social – é formada por Caio, Fer Lavinhati, Rike, Guga e Júlio. “Começamos como brincadeira de colégio, em 2005, na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo. Na época, utilizávamos o nome de ‘No Ducky’, e muitas coisas aconteceram desde então. Em 2015, fizemos a troca para NDK, e, desde então, o foco é no trabalho autoral. Só abreviamos o nome para uma ‘tag’ que já usávamos antes, em nossos nomes artísticos, por exemplo ‘Rike NDK’, ‘Caio NDK’, etc.”, conta o vocalista Rike.
A banda faz parte de uma nova geração de músicos conectados, e se destaca nas aberturas dos shows de artistas – como Jota Quest, O Rappa, Capital Inicial, Nando Reis, Biquini Cavadão e Raimundos – e em festivais nacionais e grandes festas do circuito universitário de São Paulo. “Classificamos o gênero da banda – se possível – como rock alternativo. Temos várias características da formação clássica de uma banda de rock, mas também temos elementos diferentes, que têm mais ligação com um som eletrônico ou com um rap; daí, a junção de algo alternativo ao tão conhecido rock”, explica Rike.
O vocalista diz que a banda acredita que o rock sempre deve trazer ideias e pensamentos sobre o que acontece no cenário sócio-político do local onde se vive e em que se está inserido: “Infelizmente, o atual cenário não é nada bom, e isso deve ser mostrado e sempre citado nas músicas. Em nosso último trabalho (Impermanência), procuramos ressaltar mais a importância de uma autoconscientização do que uma mudança social, acreditando que, com essa evolução pessoal e interior, teremos melhores resultados e objetivos em um futuro bem próximo”.
O Impermanência é um EP com cinco canções autorais e com presenças como os compositores Bozo Barretti (ex-Capital Inicial), Marcelo Mira (Alma Djem) e Rodrigo Gianotto – além dos produtores Paulo Vaz, Rodrigo Castanho, Raul Alaune e Tomás Magno. “Fizemos algo diferente, durante esse processo de produção, que foi exatamente ter cada faixa atrelada a um produtor e a um grupo de profissionais diferente. Isso trouxe um resultado final bem mais amplo e agregador para a banda. A mensagem desse trabalho foi pensada no mundo e nas prioridades que temos hoje em dia – o tempo que dedicamos a coisas simples como respirar, sentir, e se autoconectar. Propusemos algumas indagações e levantamos alguns pontos que, talvez, sejam simples demais para serem lembrados. Vale fechar os olhos e dar o play para entender tudo isso mais a fundo”, evidencia Rike.
A banda participou recentemente, em 2017, do renomado festival João Rock, em Ribeirão Preto, como atração do palco principal, após vencer um concurso proposto pela organização do evento que, segundo Rike, foi uma experiência fantástica: “Tivemos um dia maravilhoso ao lado de vários artistas dos quais somos fã e admiramos demais – como CPM 22, Armandinho, Capital Inicial, Humberto Gessinger e Pitty. Fizemos um ótimo show, e, com certeza, dali, várias outras portas se abriram e várias ainda vão se abrir”.
A NDK não vê a hora de pisar em terras ainda não conhecidas, como o Centro-Oeste, pois levar a sua música e sua a mensagem é sempre muito prazeroso para qualquer lugar que seja. “Quando vimos que o alcance começou a ser maior e que os horizontes estavam se expandindo, ficamos ainda mais felizes e realizados como músicos e compositores”, afirma Rike.
Sobre a expectativa para a turnê, o vocalista afirma ser a melhor possível.“Queremos conhecer novos amigos e levar a nossa música e a nossa mensagem para amigos que já nos acompanham pela internet. Podemos garantir que a energia dos shows e das viagens serão maravilhosas, pois o clima interno da banda está brilhante. Esperamos nos encontrar com vocês”, finaliza.
Sabrina Moura é estagiária do jornal O Hoje sob orientação da editora do Essência, Flávia Popov)