Luiz Felipe Mendes

Nesta quarta-feira (17), o Santos enfrenta o Iranduba pela
12ª rodada do Brasileirão Feminino. Em segundo lugar na competição, as “Sereias
da Vila” estariam se preocupando apenas com o importante embate diante das
amazonenses, fora de casa, mas não foi bem isso que aconteceu. Na última
segunda-feira (15), as jogadoras precisaram dormir na recepção de um hotel por
não haver quartos disponíveis. A treinadora Emily Lima, campeã tanto com o
Peixe quanto com a seleção brasileira, não deixou barato.

Em vídeos publicados nas redes sociais, a técnica criticou a
organização da CBF ao mostrar também a situação de suas atletas, deitadas em
sofás. “Esta é a organização do nosso futebol para mulheres no Brasil. Saímos
de Santos às três horas da tarde, e a senhora CBF e senhora Pallas, a empresa
que faz toda nossa logística de viagem… não tinha voo para amanhã
(terça-feira), mandaram num voo hoje (segunda), picado, com escala em Brasília,
e chegamos ao hotel e não tem vaga para nós. Então, vamos dormir aqui hoje.
Vamos dormir aqui na recepção do hotel”, afirmou com veemência.

Os acontecimentos geraram repercussão negativa também entre
comentaristas e jornalistas. Walter Casagrande, por exemplo, classificou o
episódio como “inaceitável”. A CBF se desculpou em nota, dizendo ter tomado as
providências cabíveis. “A delegação do Santos desembarcou em Manaus às 23h10
desta segunda-feira para o jogo contra o Iranduba pelo Brasileiro Feminino
A-1, marcado para 20h desta quarta, na Arena da Amazônia. Assim que chegou
ao hotel designado (0h05 de terça), foi informada que o check-in só poderia ser
feito no início da manhã. Um agente de viagens local, parceiro da CBF, resolveu
o problema e conseguiu outro hotel, para onde a equipe seguiu 50 minutos depois
(0h55). A confederação lamenta o episódio e está cuidando para que não seja
repetido”.