Eduardo Marques

A Polícia Civil (PC) investiga a denúncia de uma adolescente de 15 anos que afirma ter sido vítima de estupro coletivo durante uma festa em Piranhas, na região oeste de Goiás, no último dia 10 de junho. O caso foi registrado no Conselho Tutelar e na Delegacia do município nesta segunda-feira (15). A garota alega que não se lembra de todos os fatos pois teria sido drogada pelos suspeitos. 

Segundo a PC, o estupro teria acontecido durante uma festa realizada em junho, que durou quatro dias, em um assentamento rural. Ao O Hoje, o delegado Ricardo Galvão, responsável pelas investigações, afirma que durante o período em que esteve lá, a adolescente fez uso de bebidas alcoólicas e narguilé. Testemunhas que estavam no lugar relataram que a adolescente manteve relação sexual de forma consentida com dois homens em momentos distintos. O fato foi confirmado pela adolescente.

Ainda conforme Galvão, a adolescente procurou a corporação após ouvir boatos de que estava alcolizada e teria mantido relação sexual com mais pessoas. Ela relatou que estava desacordada quando o abuso aconteceu e suspeita que foi drogada pelos criminosos. “Os pais da menina tomaram conhecimento desses boatos e nos procuraram. Ela afirma que não se lembra da agressão, mas confirmou duas relações com dois homens. A garota também diz que não chegou dolorida em casa, mas que em razão das conversas decidiu ir até a delegacia”, disse.

Ricardo também investiga a possível existência de um vídeo do estupro coletivo. “Uma pessoa teria filmado os outros participantes do estupro enquanto ela estava nesse estado, podemos dizer, de coma. O vídeo ainda não chegou até a polícia. Estamos atrás para saber se essa filmagem procede ou não. A gente espera fazer algumas apreensões e, se for o caso, fazer perícia para saber se a gente consegue resgatar esse vídeo”, afirmou.

O delegado aguarda o resultado do exame de corpo de delito pelo qual a adolescente passou. Três pessoas que estavam na festa já foram ouvidas e negaram o crime. “Nós estamos ouvindo o maior número de pessoas possível para esclarecer os fatos. Até agora todos que estavam na festa e prestaram depoimento afirmaram que não teve agressão e confirmaram que a garota estava bêbada e manteve relação consensual”, disse. O caso segue sob investigação.