MEC lança Future-se para aumentar verba privada em universidades
Ministro da Educação, Abraham Weintraub, apresenta o programa ‘Future-se’. — Foto: Reprodução/Facebook/Ministério da Educação – MEC
Aline Bouhid
Em coletiva de imprensa na manhã de hoje (17), o ministro da Educação Abraham Weintraub e o secretário de Educação Superior, Arnaldo Barbosa de Lima, anunciaram o novo programa do governo: “Future-se”. O programa busca melhorar as universidades e institutos federais usando verbas privadas.
Segundo o secretário, o programa busca o fortalecimento da autonomia financeira das universidades e institutos federais por meio do fomento à captação de recursos próprios e da autorização para contratualização com uma Organização Social. De acordo com a pasta, o programa divide-se em três eixos: Gestão, governança e empreendedorismo; incentivo orçamentário e internacionalização.
Durante a abertura da coletiva, o presidente da UNE, Iago Montalvão, interrompeu o discurso do ministro Weintraub e questionou sobre as verbas contingenciadas das universidades. “Gostaria de uma solução para o que vai acontecer com estudantes que estão sem bolsa, para os estudantes que não conseguem fazer pesquisa por falta de condições. Muitas universidades podem não acabar o semestre. Como pensar no futuro se o nosso presente está nessas condições?”.
Lima negou que medida se trate de privatização, mas sim de uma alternativa de fomento. O MEC diz ter recebido R$ 50 bilhões em lotes, imóveis e edifícios da União. Esse patrimônio será convertido em um fundo, e os lotes, cedidos à iniciativa privada. Segundo a pasta, a fonte de recursos para o programa seria de R$ 102, 6 bilhões, formado pelo patrimônio da União, fundos constitucionais, Lei de Incentivos Fiscais e depósitos à vista, recursos da cultura, utilização econômica do espaço público e fundos patrimoniais. Entre os tipos de parcerias que poderão ser realizadas pelas universidades, está o aluguel de prédios, a criação de fundos com doações e a venda de nomes de campi e edifícios, como em estádios.
* Com informações da Agência Brasil