“Tabu é para ser quebrado”, afirma Marcelo Cabo
Técnico colorado espera conseguir a primeira vitória vilanovense no Serra Dourada na Série B de 2019 diante do América Mineiro – Foto: Douglas Monteiro/VNFC
Luiz Felipe Mendes
Depois da derrota para o Atlético no clássico, o Vila Nova
optou por demitir o técnico Eduardo Baptista. Em seguida, contratou Marcelo
Cabo para a função. Com dois acessos para a Série A na conta, quando ajudou a
subir o próprio Atlético e o CSA para a elite nacional, o treinador está perto
de fazer sua estreia no comando alvirrubro. Neste sábado (20), às 16h30, o
Tigre recebe o América Mineiro no Estádio Serra Dourada.
Na atual temporada da Série B, o Vila venceu apenas duas
partidas: uma contra o Botafogo-SP fora de casa e outra diante do São Bento, no
Olímpico. No Serra, já foram dois duelos disputados, com um empate e uma derrota
somados. Apesar de número pequeno de encontros no local, Marcelo Cabo quer logo
acabar com o retrospecto negativo.
“Eu costumo dizer que tabu é para ser quebrado. Me surpreende
esse dado do Vila Nova ainda não ter vencido no Serra Dourada nesta Série B,
porque o Vila é sempre muito forte dentro do estádio. Com certeza a gente
trabalhou muito nesta semana para buscar o caminho da vitória. Temos que ter
tranquilidade nesse momento, a gente sabe da importância desse jogo, mas ele
não é o último do ano. Temos que ter muito equilíbrio e tranquilidade para
buscar uma sequência de vitórias, que é o mais importante para o Vila”,
analisou o comandante. Em seu último trabalho, ele conseguiu liderar o CSA até
a Série A após décadas fora da primeira divisão, além de ter sido bicampeão
alagoano depois de dez anos de jejum. Foi demitido do cargo após derrota para o
Sport em amistoso pouco antes do fim da Copa América.
Marcelo Cabo também falou sobre as novidades no elenco colorado:
o lateral esquerdo Romário e o atacante Alan Carius, além de outros três
membros do setor ofensivo, Carlinhos, Robinho e Mailson. Sobre os dois
primeiros, que devem ser titulares contra o Coelho, o técnico se mostrou
confiante. “O Alan é um jogador que conheço bem. Cheguei no Volta Redonda em
2015 quando ele era uma boa referência no sub-17. Lancei ele no mesmo ano no
profissional. É um jogador destemido, que conquistou a sua personalidade.
Naquela ocasião eu encontrei um menino e hoje encontro um homem, um jogador
muito equilibrado. Já o Romário é um jogador que todos conhecem bem no futebol
goiano, no futebol brasileiro. Teve uma passagem pelo Atlético comigo e logo
depois despontou no cenário nacional. Também o encontro muito mais maduro”.
Sobre os outros atacantes, ele também foi só elogios. “O
Carlinhos eu acompanho desde a base do Corinthians, desde o título da Copa São
Paulo em que foi artilheiro. Quando ele foi contratado eu gostei bastante. O Mailson
e o Robinho foram indicações minhas, entendemos que precisávamos de jogadores
mais “cascudos”, mais “carimbados”, com conhecimento da competição”, concluiu.