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domingo, 24 de novembro de 2024
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Cidades

Cirurgias eletivas deixam 50 mil pacientes na fila

Criação de 20 novos leitos de internação no Crer deve diminuir fila de espera

Postado em 25 de julho de 2019 por Sheyla Sousa
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Higor Santana

Cerca de 50 mil pessoas estão na fila de espera para realizar cirurgias eletivas em Goiás. Para reduzir esse número, o Governo de Goiás inaugurou 20 novos leitos de internação no Centro Estadual de Reabilitação e Readaptação Dr. Henrique Santillo (CRER), em Goiânia. Os leitos já estão ativos desde o dia 28 de junho.

De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Ismael Alexandrino, 15 desses novos postos são destinados para reabilitação e cinco para cirurgia. Com isso, o CRER amplia a capacidade de atendimento à população. Agora, o hospital passa a contar com 176 vagas para internação, sendo divididas em Posto 1 com 26 leitos, Posto 2 com 74, Posto 3 com 36, Posto 4 com 20 e UTI com 20 novos leitos.

Ainda segundo a SES, durante os primeiros 25 dias de funcionamento, o Posto 4, destinado a pacientes em reabilitação e em tratamento cirúrgico no hospital, já atendeu 24 pacientes, sendo que sete deles já receberam alta hospitalar. Com o incremento dos leitos, as saídas hospitalares passaram de 570 para 763, por mês.

De acordo com o secretário de Estado, a criação dos novos leitos deve proporcionar melhoras no serviço de cirurgias ortopédicas. “Com isso, visamos à política de operar eletivas, porque o Estado tem uma dificuldade muito grande para realizar esse tipo de cirurgia e acaba focando só nas urgências e emergências. Mas desde o início da nossa gestão nós temos feito medidas para resolver isso”, disse.

Novos leitos

Para a abertura dos novos leitos, o CRER contou com o apoio da bancada goiana no Congresso Nacional. O investimento total para a estruturação física e para a compra de equipamentos foi de R$ 1,441 milhão, oriundos de emendas parlamentares.

Com a ampliação no número de leitos, o CRER passa a oportunizar mais possibilidades de reabilitação para as pessoas na instituição, que é referência nacional no atendimento ao grande incapacitado. Desde sua inauguração, no dia 25 de setembro de 2002, o CRER já realizou 16.747.651 milhões de atendimentos. Por dia, o hospital atende cerca de 1.700 pacientes e realiza 4.200 procedimentos.

 

Oficina discute estratégias para diminuir filas 

Na última semana, membros do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Ministério da Saúde (MS), Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) e de secretarias de outras regiões do Centro-Oeste e do Sul, discutiram as estratégias para a ampliação do acesso às cirurgias eletivas no Brasil. 

Durante o evento, que foi realizado na sede do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), em Brasília, técnicos debateram soluções para a aplicação de recursos financeiros do teto do Fundo de Ações Estratégicas e Compensação (Faec) na realização de cirurgias eletivas.

Os técnicos avaliaram que o atual modelo não tem impactado de forma efetiva na redução das filas de espera para a realização dessas cirurgias. A técnica da Superintendência do Complexo Regulador em Saúde de Goiás, Carita Cristina Margarida de Castro, representou Goiás durante a oficina e avaliou como positiva a inovação implantada pelo MS em reunir os estados para debater medidas mais resolutivas para as cirurgias eletivas.

“Apresentamos que o atual modelo de disponibilização dos recursos necessita da realização ‘às pressas’ de um processo complexo de pactuação em CIB e outras instâncias e, posteriormente, a contratualização dos municípios com seus prestadores de serviços, que impacta na redução da eficiência operacional e funcional de execução de cirurgias eletivas no estado”, disse.

Carita explicou ainda que a fragmentação da fila de espera por cirurgias eletivas em Goiás também é um ponto negativo, visto que não se pode mensurar a quantidade de pacientes que aguardam por cirurgias em todo o estado. Atualmente, pelo menos 40 municípios goianos executam cirurgias eletivas e os recursos do teto Faec colaboram para a manutenção desses serviços por todo o Estado. (Higor Santana é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor de cidades Rhudy Crysthian)

 

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