Encontro reúne técnicos e propõe identidade para base da Seleção Brasileira
Encontro debate estrutura das seleções de base e sugere identidade e filosofia de jogo para as categorias Sub-20, Sub-17 e Sub-15 do Brasil – Foto: Bruno Pacheco/CBF
Debater a estrutura das seleções de base e propor uma identidade de jogo para as categorias Sub-20, Sub-17 e Sub-15. Esses foram os principais temas do encontro que reuniu, na tarde desta quarta-feira (24), na Granja Comary, todos os técnicos das seleções de base da CBF, além do técnico da Seleção Brasileira Principal, Tite. Idealizada pelo coordenador da base da CBF, Branco, e pelo coordenador de Seleções, Juninho Paulista, a reunião elencou soluções para as dificuldades encontradas na construção de equipes com o DNA da Seleção Brasileira.
Além dos técnicos André Jardine (Sub-20), Guilherme Dalla Déa (Sub-17), Dudu Patetuci (Sub-16), Paulo Victor (Sub-15) e Tite, também participaram dos debates supervisores, observadores técnicos, o analista de desempenho da Seleção principal, Dudu Bressane e o preparador fÃsico da principal, Fábio Mahseredjian. O ex-técnico da Seleção Brasileira e campeão do mundo em 94, Carlos Alberto Parreira, e o ex-supervisor Américo Faria, presente nas delegações brasileiras em seis mundiais, foram os convidados especiais e compartilharam suas experiências com o grupo.
Segundo o técnico André Jardine, o desafio é criar nas categorias de base uma identidade que permita um processo de progressão e continuidade. E que ela possa conduzir o Brasil a melhores resultados nas competições. Para alcançar esse objetivo, os técnicos propuseram uma filosofia de jogo pautada em sete princÃpios: ser propositivo, agressivo (não deixar o adversário jogar), ter iniciativa, buscar o ataque, ser consistente, ter equilÃbrio e prezar pela excelência.
“Este jeito de jogar exige excelência nossa e dos nossos atletas, na escolha do perfil correto dos jogadores. Essa diretriz vai nos ajudar a escolher aqueles que podem performar melhor nas categorias de base”, pontuou Jardine.
A obsessão pelo caminho do gol é um ponto fundamental dentro da nova filosofia proposta. Entre os conceitos que embasam esse desejo estão o do jogo posicionado (ocupar bem o campo); a competência com a posse da bola – usar a velocidade com seletividade -, desequilibrar para agredir, ir para cima do adversário; o perde e pressiona; o atacar marcando e se defender com a bola.
– É preciso incluir o ‘marcar atacando’ – indicou Tite.
As próximas metas propostas para a base da seleção são aproximar os métodos de treinamento, ideias de jogo e resolução de problemas entre as categorias, e criar um caderno próprio de métodos da base. Além disso, realizar reuniões como a desta quarta-feira periodicamente para discutir os resultados e dar sequência aos planejamentos.
– O nosso futebol é de ficar com a bola, é roubar a bola, ocupar os espaços. Não vamos ficar lá em cima o tempo todo, mas nossa essência é jogar. Primeiro se posiciona, depois agride, sai para o jogo – aconselhou Parreira.
Campeão do Mundo em 2002, Juninho sabe muito bem que é vestir a camisa da Seleção Brasileira e compartilhou sua expectativa agora como dirigente:
– A principal identidade da Seleção é sentir prazer em estar aqui, em vestir a Amarelinha. Ter o desejo de estar na Seleção Brasileira.
– Ter mentalidade positiva – emendou Branco. (CBF)