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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Alcoolismo

Mais de dois milhões de brasileiros têm inclinação para dependência alcoólica, diz FGV

O terceiro levantamento nacional sobre o uso de drogas constatou que quase metade da população, entre 12 e 65 anos, já consumiu alguma dose de álcool.

Postado em 9 de agosto de 2019 por Nielton Soares
Mais de dois milhões de brasileiros têm inclinação para dependência alcoólica
O terceiro levantamento nacional sobre o uso de drogas constatou que quase metade da população

Nielton Soares

Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) concluiu que aproximadamente 2,3 milhões de pessoas no Brasil apresentam condições para dependência de álcool. Esse é o terceiro levantamento nacional sobre o uso de drogas no país. Os estudos apontaram ainda que mais da metade da população brasileira, entre 12 e 65 anos, já consumiram algum tipo de bebida alcoólica. Além disso, aproximamente 46 milhõe de brasileiros (30,1%), ouvidos pelos pesquisadores, disseram ter enxerido pelos menos uma dose de álcool nos últimos 30 dias, anteriores ao estudo. 

Para o levantamento, foram ouvidos cerca de 17 mil pessoas com idades entre 12 e 65 anos, em todo o Brasil. O período estudado compreendeu entre maio e outubro de 2015. Essa pesquisa já é apontada como um dos mais completos por sua abrangência geográfica. Os pesquisadores da FGV destacam que os resultados são representativos, pois incluiram até municípios de pequeno porte e de zonas de fronteira.

Violência

O consumo de álcool e a relação com as diferentes formas de violência também foi abordada na pesquisa. Para se ter ideia, cerca de 14% dos homens de 12 a 65 anos confessaram terem dirigido após consumir bebida alcoólica, nos 12 meses anteriores à entrevista. Já as mulheres, apenas 1,8% disseram ter feito tal prática de juntar álcool e direção. O envolvimento em acidentes de trânsito sob o efeito de álcool foi respondido por 0,7%.

Aproximadamente 4,4 milhões de pessoas alegaram ter entrado em discussão com alguém depois de ter consumido álcool nos 12 meses antes de participar da pesquisa. Deles, 2,9 milhões eram homens e 1,5 milhão, mulheres. Já os casos, informando que destruiu ou danificou algum pertence próprio sob efeito de álcool foi de 1,1% (homens) e 0,3% (mulheres).

Em relação a percepção do brasileiro quanto às drogas, a população vê mais mais risco ao uso do crack do que ao álcool. Esse percentual é de 44,5%. Para eles, a substância está atrelada ao maior número de mortes no país. Somente 26,7% indicaram o álcool como o primeiro fator nessa classificação.

 

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