Eduardo Marques

Idealizado por produtores culturais goianos após a incerteza envolvendo a realização do Festival Internacional de Cinema Ambiental (Fica) 2019, o Festival de Cinema e Ambiente da Cidade de Goiás tem data definida: será de 5 a 8 de setembro na cidade de Goiás. 

A informação foi confirmada ao jornal O Hoje pelo produtor cultural Rodrigo Santana, um dos idealizadores do projeto ao lado de instituições do município e de próprios moradores da cidade que defendem as atividades. Segundo Santana, a programação está sendo fechada e a expectativa é que a divulgação ocorra no próximo dia 19 de agosto. 

“Diante da falta de resposta do governo em relação ao Fica deste ano, resolvemos nos juntar para não deixar o Festival morrer. Essa data é a ideal para nós e estamos trabalhando as parcerias considerando esses dias”, afirma Santana, que participou de todas as edições do Fica até agora. Conforme foi destacado pelo produtor cultural, a programação independente reunirá mostra de cinema, rodas de conversas, apresentações artísticas, vila gastronômica, entre outros.

“Será uma mostra, principalmente, para homenagear o cinema goiano, que merece ser valorizado. Nossa ideia é que a discussão envolvendo o Fica seja contínua, tanto que essa edição independente de agora já é uma forma de discutir e pensar o Fica 2020. Antes não tinha isso. Teve ano, por exemplo, que o festival era pensado e produzido no intervalo de dois meses. Nossa ideia é que isso mude”, completa o produtor cultural. 

Ainda de acordo com Santana, mesmo que as produções goianas sejam foco, haverá também exibição de filmes e documentários de outros Estados e também de fora do Brasil, inclusive do CineEco (Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela), único festival de cinema em Portugal. 

Entre as atividades já confirmadas pelo produtor cultural está a realização de uma grande mostra infantil. “Essa programação será realizada nos dias 5 e 6 de setembro para atender o público das escolas”, diz Santana ao destacar que o sentido de “independência” que dá nome ao festival não quer dizer que o grupo queira excluir o governo do Estado da organização, pelo contrário. “Queremos vida longa ao festival e com o máximo de pessoas envolvidas”.

Rodrigo Santana enfatiza, inclusive, que os produtores culturais envolvidos com o Fica independente buscam parcerias para garantir uma programação mais ampla. “Estamos em diálogo com a UEG, que está nos dando apoio na construção da programação ambiental. A parte de programação de cinema também conta com ajuda de instituições de ensino como IFG, UFG e novamente a UEG”, acrescenta. Segundo Santana, os idealizadores do projeto enviaram na última semana um ofício à Secretaria Estadual de Cultura pedindo apoio com a cessão de espaços como o Cine Teatro São Joaquim. No entanto, conforme foi destacado por Rodrigo ao AR, o grupo ainda não teria tido retorno. 

Por meio de assessoria de imprensa, a Secretaria de Cultura de Goiás (Secult Goiás) informou que “não há previsão de participação do Estado nesse festival de cinema que não é o Fica.”