‘Prévia da inflação’ desacelera a 0,08% e é a menor para agosto desde 2010
Os índices caíram com contribuição das quedas nos preços de combustíveis e na alimentação puxado pelo tomate. Mas, o grupo de habitação ficou mais caro devido à conta de luz. Foto: reprodução.
Nielton Soares
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor – Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial (IPCA), apontou, que neste mês, a inflação desacelerou em 0,08%. Em julho, o índice foi de 0,09%. Esse é considerado a menor cotação em nove anos. Em agosto de 2010, o resultado ficou em 0,05% negativo. Com o acumulado dos 12 meses em 3,22%. Os dados foram divulgados, nesta quinta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O preço da gasolina e passagem aérea caiu, baixando os custos do grupo de transportes (-0,78%), consequentemente, influenciando o índice para baixo em agosto. Com queda pelo segundo mês, a gasolina (-1,88%) contribuiu com o resultado negativo individual no mês (-0,08). Já os preços do etanol (-1,09%), do óleo diesel (-1,7%) e do gás veicular (-0,07%), contribuindo para uma queda de 1,7% em agosto. Assim também, as passagens aéreas que registraram o índice bem baixo de 15,57%, que favoreceu com -0,07 ponto percentual no resultado deste mês.
Já nos alimentos, o tomate registrou a maior queda (-14,79%), ficando mais barato. A batata-inglesa (-15,09%), as hortaliças e verduras (-6,26%) e o feijão-carioca (-5,61%) também ficaram mais baratos em agosto. No total, a alimentação e bebidas recuaram em -0,17%. No outro lado, a cebola subiu 15,21%, maior alto desse grupo, e as frutas em 2,87%.
A conta de luz subiu quase 5%, somando ao grupo da habitação (1,42%), que registrou a maior alta no mês. A influência foi maior devido ao custo da conta de luz (4,91%), com sequência de sete meses de aumento. Uma vez que em agosto passou a vigorar a bandeira vermelho no patamar 1.
Metodologia
O IPCA-15 leva em consideração os rendimentos das famílias de um a 40 salários mínimos. Abrangem as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, Brasília e Goiânia.