Mais de 120 mil servidores correm risco de demissão
A expectativa do governo é de arrecadar US$ 20 bilhões com a venda das empresas públicas. Foto: Agência Brasil
Da Redação
Na última quarta-feira (21), o governo de Jair Bolsonaro (PSL) anunciou a intenção de privatizar 17 estatais. Com a resolução, os servidores públicos alocados nas empresas sentiram um medo típico do mercado privado: o risco de perderem seus cargos ou de serem substituídos pelos novos administradores. E o contingente não é pequeno. Há, atualmente, 128.180 funcionários nos quadros das autarquias que podem ser vendidas.
No mesmo dia, o governo informou que iria dar início ao estudo da forma a ser adotada na privatização ou desestatização de nove empresas consideradas prioritárias na carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) – que vai tomar as rédeas das vendas. A lista inclui os gigantes Correios e Telebras. Apenas o serviço de entrega de cartas tem, segundo o painel das estatais, 103,559 funcionários.
Além delas, constam na lista inicial Codesp (Porto de Santos); Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF); Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (Dataprev); Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro); Empresa Gestora de Ativos (Emgea); Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp); e Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec).
Completam a relação as seguintes estatais: Eletrobrás, Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Casa da Moeda, Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex), Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasaminas), Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre S.A. (Trensurb) e Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa) completam a lista das 17 . Essas últimas, porém, ainda não foram incluídas no programa inicial.