Governos Federal e Estadual assinam acordo com Enel para resolver crise energética
O CEO da empresa no Brasil, Nicola Cotugno, assegurou que será rápido e completamente resolvido os problemas no fornecimento de energia em Goiás. Foto: Nielton Soares / O Hoje.
Nielton Soares
O CEO da Enel no Brasil, Nicola Cotugno, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque participaram de uma reunião com o governador Ronaldo Caiado (DEM) no Palácio Pedro Ludovico Teixeira, nesta segunda-feira (26). O encontro foi para a assinatura do Termo de Compromisso com a distribuidora de energia elétrica no estado. O acordo prevê melhorias nos serviços prestados e mais investimentos no setor pela empresa. Participante também da reunião, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (MDB), firmou uma parceria com o Governo Estadual para implantação de um projeto, elaborado por ele e já aprovado por aquela Casa. Trata-se de um programa de educação em conjunto com a política de proteção social. Em Goiás, o governo decidiu implantá-lo via decreto.
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse que o acordo fechado entre a concessionária e o governo de Goiás se resume em um exemplo prático para garantir a sustentação dos serviços de energia no estado. “Esse termo de compromisso e acompanhamento, entendemos que vai suprir e trazer aliviou as necessidades de energia para o estado de Goiás e também será o primeiro passo para que o estado tenha a energia necessária para seu desenvolvimento”, frisou.
O executivo da Enel, Nicola Cotugno, garantiu que a empresa irá investir a partir de agora em mais melhoria para os consumidores goianos. Inicialmente foi assegurada a contratação de 1500 eletricistas, para de imediato resolver parte dos problemas como as inúmeras quedas de energia. Nesse sentido, houve o compromisso que haverá eficiência e qualidade do fornecimento e atendimento do serviço em todo o estado.
“Um passo importante foi dado. Um projeto de levantar, crescer e melhorar os serviços. Pegamos uma distribuidora que estava em estado crítico”, lembra Cotugno. Para resolver o problema, prometeu que a partir desse momento haverá uma série de investimentos voltados para estruturar e dar uma resposta para a “demanda reprimida”. “Vamos revolver nos próximos dois, três anos completamente o problema”, acrescentou o executivo, concluindo que “vamos solucionar tudo em cooperação e conjunto com o governo de Goiás”.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse ser fundamental para o estado de Goiás a recuperação dos serviços elétricos. Uma vez que o estado é importante estado na balança comercial do País. “Goiás dará um bom exemplo para todo o Brasil, e até ao final desses quatro anos, serão gerados muitos empregos”, acredita o deputado.
O governador destacou o acordo com a distribuidora de energia e celebrou ainda uma parceria entre a Enel e a Secretaria de Meio Ambiente para o desenvolvimento de projetos conjuntos. Além disso, salientou a implantação, por decreto governamental, do programa social para beneficiar famílias carentes no estado baseado em projeto do deputado Rodrigo Maia. “Será um Índice Multidimensional de Carência das Famílias Goianas, uma Rede Goiana de Oportunidade que agregará todas as ações do Estado para além das políticas de proteção social”, definiu Caiado.
Crise
Nos últimos meses, a pressão dos Governos Federal e Estadual, do Ministério Público e Justiça se intensificaram contra as inúmeras falhas nos serviços da Enel em Goiás. Incapacidade no fornecimento de energia para municípios goianos e para a Capital, longos prazos para ligação e religação de serviços, não instalação de novas plataformas, pouco ou nenhum investimentos nas redes elétricas foram alguns dos problemas registrados pelos órgãos de fiscalização estadual e federal.
A situação se agravou tanto que chegou ao ponto do Estado cogitar a retomada da gestão da distribuição de energia em Goiás. Outra opção buscada foi à tentativa de transferir para uma nova concessionária o serviço. Nesse imbróglio, ingressaram ainda a Assembleia Legestiva de Goiás e a Câmara dos Vereadores de Goiânia, que propuseram em cada Casa Comissões Parlamentares de Inquéritos. Além disso, foram promovidas Audiências Públicas com a participação de executivos da Enel.