Brasil e Argentina selam acordo de livre comércio de veículos em dez anos
O documento assinado pelos ministros Paulo Guedes e o argentino Dante Sica prevê a compra e vendas de carros entre os dois países. Foto: reprodução.
Nielton Soares
O Brasil e Argentina selaram um acordo que permite o livro comércio de automóveis em dez anos. O anunciou foi feito pelos ministros da Economia Paulo Guedes e o argentino Dante Sica. A minuta assinada prevê o comércio de carros entre os dois países em dez anos.
Brasil e Argentina já possuem um acordo que foi assinado em 2016, que finalizará em junho de 2020. Esse prevê regra de comércio, conhecido como flex, a qual as exportações entre os países não pode ultrapassar uma vez e meia o preço de importação.
Já o novo acordo permite exceder em até três vezes o valor das importações. Apensar disso, já a partir de janeiro de 2029, a efetivação do livro comércio irá eliminar os limites para importações e exportações entre Brasil e Argentina.
Embora a regra flex tem beneficiado mais o Brasil. Uma vez que a produção brasileira exporta mais do que importa do país vizinho. O comércio bilateral de carros e autopeças se torna relevante para ambos.
Aproximadamente 50% das exportações de automóveis brasileiro são destinados para a Argentina. O inverso é que as vendas da Argentina para o Brasil somam 80% das exportações veículos.
Mercosul-União Europeia
O novo texto tenta ainda alinhar os critérios de comercialização, prevendo o acordo Mercosul-União Europeia, que se for ratificado, imediatamente irá reduzir de 35% para 17,5% da alíquota de importação de veículos para o continente europeu, com cota anual de 50 mil automóveis, sendo 32 mil destinados ao Brasil.
Nesse contexto, quando se completar o décimo ano, a alíquota cairá até atingir a zero, isso no 16º ano, com efeito progressivo. Apenas assim, completará o ciclo do livro comércio de veículos sem restrição de contas.