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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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A música que alcança a todos

Espetáculo ‘A Jovem Guarda’, entra em cartaz em uma apresentação única hoje (10), falando sobre um dos maiores movimentos musicais do país

Postado em 10 de setembro de 2019 por Guilherme Araújo
A música que alcança a todos
Espetáculo ‘A Jovem Guarda’

Guilherme Melo e Sabrina Moura 

Mostrando que a música popular brasileira possui grande diversidade e riqueza sonora, o grupo musical Ciranda da Gente/Seduc apresenta o espetáculo ‘A Jovem Guarda’, nesta terça-feira (10), às 20h, no Teatro Sesi. O grupo propõe a apreciação musical conecta ao contexto, aos compositores e aos diversos estilos e gêneros da música popular brasileira. 

Segundo coordenador do grupo, Getúlio Chartier, a proposta nasceu por meio de uma pesquisa realizada sobre Bossa Nova na rede estadual, e apresentada nas escolas estaduais de forma didática, onde levava o conhecimento artístico musical e o despertar cultural. “A ideia é trazer para os alunos alguns movimentos que marcaram a História. Tornando os arranjos e ensaios do Prof. Marcos Santos o espetáculo torna-se reflexivo pela pesquisa e moderno pela sensibilidade do professor.  E no futuro, temos a intenção de apresentarmos sobre a Tropicália. A música popular torna-se importante ferramenta para alcançarmos os alunos e o público em geral. Sendo ótima estratégia pedagógica no desenvolvimento e aprendizado musical, de forma a ampliar o leque auditivo e a diversidade existente no âmbito da música popular brasileira”, afirma Getúlio, em entrevista ao Essência.

Para Getúlio, o objetivo é estabelecer uma relação entre a diversão e a educação. “Nossa ideia é trazer uma reflexão e apresentar de forma educativa, descontraída, o movimento cultural Brasileiro que surgiu na dec. de 60, que mesclava, música, comportamento e moda. Que teve a influência do Rock and roll o final da dec. de 50 e o Soul, na dec. de 60”, comenta o coordenador.

Segundo ele, a apreciação musical é fundamental para o bom desenvolvimento do processo educativo em música, sensibilizando a plateia e criando novos elementos de análise e reflexão, graças ao envolvimento com a performance direta. “A música popular brasileira possui grande diversidade e riqueza sonora, promovendo um diálogo e comunicação direta com o público. 

O grupo propõe a apreciação musical conecta ao contexto, aos compositores e aos diversos estilos e gêneros da música popular brasileira. Promove, portanto, concertos didáticos, o que estimula os alunos da rede estadual de ensino público a participarem das aulas de música e dos projetos educacionais complementares”, afirma.

Getúlio comenta sobre a importância de apresentar um espetáculo que conte a história da jovem guarda.  “Propor uma busca com maior conexão com as escolas, pois entendemos que o campo diretamente ligado aos estudantes propicia um avanço significativo no seu aprendizado, apresentando o contexto, os compositores da música popular brasileira, em forma de concertos didáticos. Promovendo assim, aos estudantes da rede estadual a participarem das aulas de música e dos projetos educacionais complementares”, adverte o responsável pelo projeto. 

Formado por professores da rede estadual de ensino, o grupo atua de forma específica na área de música e conta com a direção geral de Luz Marina de Alcantara. Coordenado por Getúlio Chartier, o Ciranda da Gente/Seduc é composto pelos seguintes integrantes: Valéria Mendes (voz soprano), Fran Ungarelli (voz contralto), Danilo Duarte (voz tenor), Getúlio Chartier (voz baixo), Bruno Rejan (baixo elétrico), Fausto Baptista (bateria) e Marcos Santos (piano/arranjos/ direção musical). 

Sobre o espetáculo

Em 1965 estreava, na TV Record, um programa musical destinado ao público jovem da época, intitulado Jovem Guarda. Esse programa era levado ao ar aos domingos à tarde e era apresentado pelo trio Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléia. Esse trio ganhou muita popularidade por meio do programa e passou a liderar as paradas de sucesso da época, conquistando o status de ídolos da juventude juntamente com outros artistas, como Wanderley Cardoso, Ronnie Von e Jerry Adriani. Aos poucos, o nome do programa passou a ser associado ao estilo musical, ao comportamento e ao modo de vestir desses artistas, ampliando a ideia do programa televisivo para um movimento cultural brasileiro.

Com influências diversas, vindas do rock-and-roll britânico e americano, canções românticas italianas e francesas, os artistas da ‘Jovem Guarda’ criaram uma linguagem própria denominada de ‘Iê-iê-iê’. Suas músicas retratavam elementos e situações do cotidiano tipicamente urbano, como o uso do termo “broto” para falar de uma ‘menina nova e bonita’, e a referência aos carros (objetos que traduziam status social na época). A Jovem Guarda, além de apresentar elementos musicais, articulava aspectos simbólicos do dia a dia dos jovens nas letras das músicas, nos cenários do programa de TV e nas roupas dos artistas, delimitando claramente o que caracterizava esse momento.

(Guilherme Melo e Sabrina Moura são estagiários do jornal O Hoje sob orientação da editora do Essência, Flávia Popov) 

SERVIÇO

Quando: terça-feira (10), às 20h

Onde:  Teatro SESI (Av. João leite, Nº 1.013, Setor Santa Genoveva)

Ingresso:  2 kg de alimentos ou um livro literário

Mais informações: (62) 3261-6619

(Guilherme Melo e Sabrina Moura são estagiários do jornal O Hoje sob orientação da editora do Essência, Flávia Popov)

 

 

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