Cachoeira é beneficiado com suspensão de ações do Coaf pelo presidente do STF
Justiça Federal em Goiânia entendeu que a decisão de Dias Toffoli caberia ao processo; pedido foi feito por defesa de ex-auxiliar do contraventor – Foto: reprodução.
Nielton Soares
O Carlinhos Cachoeira, como é conhecido o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, acusado de operar ilegalmente jogo de azar em Goiás, foi beneficiado por liminar expedida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, em favor do antigo auxiliar de escritório do contraventor e também réu, Geovani Pereira da Silva. Agora, a defesa de Cachoeira estuda derrubar também as ações sobre ele na Operação Monte Carlo.
Uma ação penal na qual Cachoeira é réu e que tramita na 11ª Vara Federal de Goiânia, foi suspensa temporariamente. Os réus receberam a notícia na tarde desta terça-feira (10), onde haveria uma audiência sobre o caso, mas foi também cancelada. A decisão levou em consideração o entendimento do ministro do STF, acerca do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que alterou de nomenclatura para Unidade de Inteligência Financeira (UIF) e irá para o Banco Central.
Toffoli em julho suspendeu temporariamente as investigações em andamento no país que eram baseadas nos dados sigilosos compartilhados pelo Coaf, isso para atender a solicitação da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).
Efeito cascata
O ex-auxiliar de Cachoeira, acabou se enquadrando nos requisitos da ação, por tratar-se de crimes de sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. Apesar de ainda entrar com pedido na Justiça, o contraventor é beneficiado automaticamente, pois houve a suspensão total da ação.