Da Redação

O namoro na fase escolar é um eterno cabo de guerra entre adolescentes e pais. Enquanto os jovens defendem que não há problema, alguns adultos torcem o nariz para a ideia. Uma pesquisa da Universidade da Geórgia, publicada no The Journal of School Health, deu argumentos a mais contra o romance juvenil. Segundo os estudiosos, adolescentes que não namoram são menos propensos a sentir desesperança e depressão. Eles também teriam melhores habilidades sociais e de liderança.

O estudo foi feito com cerca de 600 estudantes de 11 a 19 anos. A maioria teve algum tipo de experiência romântica entre os 15 e 17 anos de idade, o que indicaria que o namoro durante essa fase da vida seria algo “normativo”, segundo os pesquisadores. O foco da pesquisa, publicada no The Journal of School Health, foi descobrir quais eram as implicações para os adolescentes que optaram por não namorar.

Os participantes do estudo responderam questionários anuais, com perguntas sobre se haviam namorado, como estava o relacionamento com a família e os amigos e se estariam experimentando sintomas depressivos. A definição de “namoro” para os pesquisadores seria estar com a mesma pessoa por mais de um mês. Os professores também foram convidados a preencher questionários sobre aspectos como liderança e habilidades sociais dos jovens ao longo do tempo.

Os alunos que não estavam em um relacionamento foram melhor classificados em habilidades sociais e de liderança pelos docentes. Adolescentes que namoravam relataram sentimentos de tristeza e desesperança com maior frequência que os colegas solteiros.

De acordo com os autores da pesquisa, o estudo desmistifica a ideia de que quem não tem namorado(a) é “desajustado social”. O trabalho também ressalta a importância de intervenções de promoção da saúde em escolas com a mensagem de que adiar um pouco os relacionamentos românticos pode ser uma opção para o desenvolvimento saudável e normal.

* Com informações do Jornal Metrópoles