Órgãos se unem para ações no Meia Ponte
O objetivo é reunir informações e articular soluções efetivas para o problema de escassez hídrica – Foto: Semad
Daniell Alves
A Secretaria do Meio Ambiente de Goiás (Semad) está reunindo esforços para tentar reverter a crise hídrica do Rio Meia Ponte. Agora, diversos órgãos do Estado, prefeituras e entidades vão contribuir com ações para evitar o plano de relacionamento. A Semad fez um levantamento dos projetos que já existem e deve definir quais destes serão ampliados ou integrados.
Em entrevista coletiva, a secretária do Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, falou que os resultados devem ser apresentados pelo órgão.
O comitê foi estabelecido pela portaria 203/2019, da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), publicada em 10 de setembro. O objetivo é reunir informações e articular, juntamente com outros órgãos do poder público e da sociedade civil organizada, soluções efetivas para o problema de escassez hídrica na bacia que abastece 10 municípios.
Conforme explica Andréa, a meta é manter vazão do Meia Ponte acima de 2.000 litros por segundo (l/s). Ações de fiscalização e conscientização estão sendo feitas pela Secretaria para evitar o plano de racionamento na Capital e Região. O rodízio só vai acontecer se a vazão permanecer durante sete dias com nível abaixo de 1.500 l/s. A última medição, feita no domingo (15), registrou vazão de 2.122 l/s, um aumento significativo em comparação ao último dia 12, que apontou somente 1.481 l/s.
Consumo está sendo reduzido
O Estado publicou uma portaria estabelecendo regras e horários para uso de água destinada à irrigação, visando reduzir o consumo de água. Segundo a secretária, as medidas na área rural já vêm dando resultado e o consumo urbano deve ser cada vez mais consciente até a volta das chuvas.
Caso a vazão esteja acima de 2.300 l/s, os produtores poderão irrigar das 19h às 3h. Entre 1.800 l/s e 2.300 l/s, o horário fica restrito ao período entre 19h e meia-noite ou 22h e 3h, conforme opção do usuário. Caso a vazão esteja entre 1.300 l/s e 1.800 l/s, a irrigação poderá ser feita entre 20h e 23h ou 23h e 2h. Se o volume registrado estiver abaixo dos 1.300 l/s, fica suspensa o uso da água para irrigação.
“O consumo na área urbana precisa ser reduzido, porque, com isso, nós garantimos que ninguém tenha prejuízo econômico, seja na área rural ou na cidade, e que todos possamos atravessar este período com água disponível”, frisa Andréa.