Erro de técnica em enfermagem provocou queimaduras em bebê, conclui polícia
Polícia informou também que a mulher confirmou que teria colocado a recém-nascida apenas de fraldas sobre a superfície, sem desligar a incubadora
Eduardo Marques
A Polícia Civil (PC) concluiu as investigações sobre as lesões por queimaduras apresentadas em uma recém-nascida enquanto ela estava internada em uma maternidade de Goiânia, em julho deste ano. Após excluir a hipótese de defeito na incubadora, ficou constatado que as queimaduras na bebê foram causadas por uma técnica de enfermagem que havia deixado a criança no equipamento sem colchão.
Ao longo das investigações, conforme a polícia, no inquérito presidido pela Delegada de Polícia Adjunta Caroline Borges, foi identificada uma técnica de enfermagem de 43 anos que teria manuseado de forma imprudente a recém-nascida dentro da incubadora, deixando a criança sobre a superfície do aparelho sem o colchão, a qual chega a 47,1ºC, sem nenhuma proteção, enquanto ajeitava a roupa de cama da incubadora.
A polícia informou também que a mulher confirmou que teria colocado a recém-nascida apenas de fraldas sobre a superfície, sem desligar a incubadora.
No dia 16 de agosto deste ano, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) confirmou o recebimento do resultado da perícia realizada pela Polícia Técnico-Científica na incubadora da maternidade do Hospital São Judas Tadeu, onde a bebê estava internada, da qual suspeitava-se ter causado as queimaduras. Na época, o laudo confirmou que a incubadora estava em pleno funcionamento, e não foi a causadora das queimaduras na bebê.
A técnica de enfermagem foi indiciada pelo crime de lesão corporal culposa. O Inquérito foi remetido nesta quinta-feira (19) ao Poder Judiciário. O Hoje não localizou a defesa da mulher, mas informa que o espaço continua aberto, caso haja interesse.