Número de vítimas do estuprador em série sobe para 52, diz polícia
Segundo delegada, mais cinco mulheres denunciaram Wellington Ribeiro por abuso sexual; de acordo com peritos, 22 casos já foram confirmados por exames de DNA – Foto: divulgação.
Nielton Soares
Wellington Ribeiro da Silva, de 52 anos, considerado e apresentado pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO) como o maior estuprador em série de Goiás foi denunciado, na última quinta-feira (19), na delegacia por mais cinco mulheres possivelmente vítimas dele. Com isso, os casos sobem para 52, sendo que 22 deles já foram confirmados por exames de DNA.
Das novas cinco denuncias, duas mulheres contaram à delegada Ana Paula Machado que foram vítimas em Goiânia, assim, ampliando a atuação do suspeito para mais uma cidade. Uma vez que a polícia havia confirmado os casos ocorridos em Aparecida de Goiânia, Hidrolândia, Abadia de Goiás e Bela Vista.
Ana Paula destacou que as informações das novas vítimas se caracterizam muito com os crimes já relatados nos demais casos que Wellington é suspeito. Dentre os quais o uso da moto e do capacete na hora do crime, fato que o próprio acusado chegou a confessar por vídeo.
Além disso, Wellington anunciava um assalto, roubava o celular e depois mandava a vítima subir na moto, levava a mulher para um local afastado e cometia o estupro, sem retirar o capacete para evitar o reconhecimento.
Prisão
A prisão de Wellington aconteceu na semana passada, após ação organizada da força-tarefa da PC-GO, batizada de Impius, que durou 45 dias e envolveu 40 profissionais. O perfil genético do suspeito foi encontrado em várias vítimas de estupros após perícia da Polícia Técnico-Científica.
De acordo com a polícia, o material foi coletado em 2015 em uma vítima de estupro e disponibilizado no banco genético. Já em 2017, houve novos vestígios em outra vítima, havend coincidência com a amostra arquivada.
Em relação aos 22 casos confirmados, a delegada Ana Paula disse que está em fase de conclusão para ser encaminhados para a Justiça.
Histórico de crimes
Segundo a polícia, em 2011, Wellington já tinha sido preso por ter violentado uma mulher e a recém-nascida de cinco meses. Detido, foi transferido para o Mato Grosso, devido responder a crimes de assaltos e homicídios. A condenação somou 57 anos de prisão, ainda pela morte de uma mulher e os dois filhos, porém, em 2013, ele fugiu e retornou para Goiás.