Justiça mantém bloqueio de bens de empresa acusada de “pirâmide financeira”, em Goiás
Justiça ratificou decisão anterior, porém cabe recurso; BBom é suspeita de usar rastreadores veiculares para esquema de indicação, mediante pagamento – Foto: reprodução.
Nielton Soares
Os bens da empresa BBom continuam bloqueados, decide Tribunal Federal da 1ª Região, que responde por Goiás. Dentre eles estão Ferraris e “centenas de milhões de reais”, relatou o juiz federal Juliano Taveira Bernardes, da 4ª Vara Federal Cível de Goiás.
A empresa é acusada pela pratica de “pirâmide financeira. Essa última decisão apurou o mérito da medida cautelar acerca do tema, que foi expedido em 2013, quando os bens foram indisponibilizados. Ainda há recurso da sentença, que apenas ratificou o que determinou a primeira decisão judicial.
Os Ministérios Públicos Federal e Estaduais pediram bloqueados dos bens, que incluem aproximadamente 100 veículos, alguns de luxo, e de dinheiro depositado em contas. O intuito é que seja utilizado para ressarcimento das vítimas. Por enquanto, o processo tramita em segredo de justiça.
O caso
Segundo a denúncia, a BBom ofertava um modelo de negócio que utilizando um rastreador veicular para obter vantagens. Para tanto, os envolvidos prometiam lucros exorbitantes para os consumidores que atraíssem mais participantes para a empreitada.
O esquema funcionava com o novo interessado pagando uma taxa de cadastro de R$ 60 mais um valor de adesão, variando de R$ 600 a R$ 3 mil, isso por plano optado pelo consumidor. Àqueles que faziam os convites, seriam premiados pela empresas. Só que em 2016, uma perícia do MPF apontou que se tratava de “pirâmide financeira”.