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domingo, 24 de novembro de 2024
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Após 7 anos

Juiz marca julgamento dos acusados de matar radialista Valério Luiz, em Goiânia

O caso foi desmembrado para três sessões; a primeira será em fevereiro de 2020. Para o filho do cronista, Valério Luiz Filho, ideal seria única audiência para todos – Foto: reprodução.

Postado em 15 de outubro de 2019 por Nielton Soares
Juiz marca julgamento dos acusados de matar radialista Valério Luiz
O caso foi desmembrado para três sessões; a primeira será em fevereiro de 2020. Para o filho do cronista

Nielton Soares 

O julgamento dos acusados de assassinar o radialista Valério Luiz de Oliveira será dividido em três sessões, decidiu o juiz responsável pelo caso, Jesseir Coelho de Alcantara, nesta terça-feira (15), afirmando que o Fórum não tem estrutura física para julgá-los juntos em uma única audiência. Para o filho do cronista, o ideal seria uma sessão para julgar todos. 

O primeiro júri está marcado para acontecer no dia 19 de fevereiro de 2020, às 8h30, e será ouvido o réu Ademá Figuerêdo Aguiar Filho, acusado no processo como o executor do homicídio do radialista. 

Na segunda sessão está determinado o julgamento dos suspeitos de terem participado do crime: Djalma, Urbano e Marcus Vinícius. Na última Audiência será julgado Maurício Borges Sampaio, apontado pelas investigações como o mandante do assassinato. Esses dois julgamentos ainda não foram agendados. 

Ao jornal O Hoje, o advogado Valério Luiz Filho, filho do radialista Valério Luiz, disse que recebeu a notícia de forma “ambígua” e que o ideal seria uma sessão para julgar todos. “A gente fica muito revoltado de ver que o Tribunal não tomou atitude nenhuma. O presidente do Tribunal [desembargador Walter Carlos Lemes – presidente do TJ-GO] e o diretor do Foro se omitiram e não fizeram nada. Aí, o juiz encontra uma saída de desmembrar o julgamento, pode ser tanto bom quanto ruim. Ainda não dá para prever se vai ser bom ou ruim. A gente vai analisar para saber se vale à pena recorrer dessa decisão ou não. O ponto positivo dela é que pelo menos o júri ocorre no primeiro semestre do ano que vem, com data marcada”, disse. 

Acerca da estrutura do prédio, o diretor do Foro da Comarca de Goiânia, Paulo César Alves das Neves, ao portal de notícias G1, alegou que o Fórum Cível passa por obras que foram iniciadas neste mês, visando atender julgamentos deste porte. Porém, ainda esperam uma licitação para a aquisição de materiais e assegurou que a partir de fevereiro a estrutura estará pronta para audiências “complexas”, que já podem ser marcadas.

Relembre o caso 

O radialista Valério Luiz foi assassinado a tiros em 2012, quando saiu de uma rádio no Setor Serrinha, em Goiânia, onde trabalhava. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a socorrê-lo ainda no local, mas ele não resistiu e foi a óbito.

A conclusão das investigações aconteceu em fevereiro de 2013 e cinco suspeitos foram apontados como participantes do crime, em um inquérito com mais de 500 páginas e centenas de provas técnicas. 

Diante das provas, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) apontou Maurício Sampaio como mandante do assassinato e Urbano de Carvalho Malta como o mediador para contratar o cabo da Polícia Militar Ademá Figueiredo para executar o radialista. Além disso, a denúncia constatou a participação no plano do crime do açougueiro Marcus Vinícius e indiciou o PM Djalma da Silva por atrapalhar as investigações. 

Críticas do cronista à diretoria do clube esportivo Atlético Goianiense, que Maurício Sampaio – até então era vice-diretor, seriam os motivos para o crime. Por nota, a assessoria de imprensa de Maurício Borges Sampaio afirmou que ele sofre conseqüências da acusação injusta há sete anos por negligência de parte da Polícia Civil. 

A reportagem não conseguiu contato com a defesa dos demais envolvidos, mas reitera que o espaço está aberto para manifestações. 

Nota na íntegra de Maurício Sampaio:

Maurício Borges Sampaio afirma ser inocente das acusações a ele imputadas, razão pela qual é um dos principais interessados na busca da verdade. Informa que há sete anos sofre consequências de uma acusação injusta em virtude de investigação negligente por parte da Polícia Civil.

Esclarece ainda que sempre esteve à disposição das autoridades e espera ter a oportunidade de provar sua inocência. O empresário e pai de família, cuja longa trajetória de vida e de trabalho, continuará trabalhando, zelando pelo seu nome e acreditando na justiça, na qual acredita que por fim será inocentado.

 

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