Morro da Serrinha pode virar Parque, em Goiânia
O projeto visa enquadrar o local ao ‘Programa Amigo Verde’, iniciativa de adoção voluntária de áreas públicas, com parceria entre o Poder Público Municipal e entidades sociais – Foto: Reprodução.
Nielton Soares
Um projeto na Câmara dos Vereadores pretende transformar o Morro da Serrinha, na região Sul de Goiânia, em um Parque, mas antes disso o local deve retornar para o município, isso porque, atualmente, a gestão é feita pelo Estado. A Prefeitura de Goiânia deu parecer favorável à proposta, nesta segunda-feira (11).
O requerimento de municipalização do morro foi apresentado na Câmara Municipal pelo vereador Cabo Senna (Patriota), com o aval da Prefeitura, a proposta segue para análises jurídicas, uma reunião será agendada entre as Procuradorias-Gerais do Estado e do Município. A ideia é que a construção e a manutenção sejam em parceria público-privado. Pelo projeto, haverá a criação de pista de caminhada, ciclovia e espaço para socialização.
Nesse sentido, para a criação do parque será obtido recursos da população e de empresas por meio do recém aprovado ‘Programa Amigo Verde’, cujo objetivo é fomentar parcerias entre o Poder Público Municipal e entidades sociais para implantar, reformar e manter áreas públicas via adoção voluntária.
A Prefeitura, por meio de nota, afirmou que aguarda os trâmites jurídicos do processo para, apenas assim, iniciar os trabalhos de urbanização do morro. O local possui uma área de mais de 100 mil metros quadrados. Atualmente, o morro é habitado por aproximadamente 15 famílias e frequentado por religiosos. Além disso, no local já se registrou casos de assassinato.
O projeto foi elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), porém aguarda os trâmites legais e burocráticos para a fase de execução. Nele, a ideia é criar um ambiente para a prática de atividades físicas e socialização dos moradores da região.
Histórico
Uma tentativa de intervenção no Morro do Serrinha já vem de longa data. Em 2014, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) havia entrado com ação civil pública para que o Estado revitalizasse e assumisse o local. A Justiça deferiu o pedido, em 2017, mas o Estado recorreu da decisão. Neste mesmo ano, houve a realização de audiências públicas para sugestões do projeto, na ocasião também aconteceram reuniões com a Saneago e com operadoras de telefonia, instaladas no local, que é do Estado, sem pagar pelo uso do espaço, no entanto não houve avanço do projeto.
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