Flamengo e River Plate disputam a final da Libertadores
Clube brasileiro chega em sua segunda final na sua história, mas conta com boa fase de treinador português; argentinos querem o terceiro título em cinco anos na competição – Foto: Divulgação
Felipe André
Chegou o dia da grande final. A Libertadores que teve sua
primeira partida no dia 22 de janeiro realiza a sua grande final neste sábado,
23 de novembro. Flamengo e River Plate se enfrentam às 17h (horário de
Brasília), no estádio Monumental, em Lima, no Peru. Essa é a primeira edição
com jogo único na final e seria realizado no Chile, mas os protestos que
assolam o país fizeram com que a Conmebol alterasse o local.
O Flamengo chega para a sua segunda final da Libertadores em
sua história. O clube carioca que participou de 15 edições, só havia chegado à
decisão em 1981, quando foi campeão contra o Cobreloa, do Chile.
Se a equipe brasileira tem pouca tradição no torneio
internacional, o River desfila as conquistas argentinas. O clube que hoje é
comandado por Marcelo Gallardo já levantou o troféu em quatro ocasiões, em
1986, 1996, 2015 e 2018. Para completar, é o time argentino com mais
participações na Libertadores, disputaram em 35 oportunidades.
O rubro-negro chega com força máxima e relacionou 31
jogadores para a partida, apesar de que alguns não poderão ficar no banco de
reservas. O time titular não deve ter surpresas e a arma artilheira, Gabriel
Barbosa, está em excelente fase. O atleta que ainda negocia sua permanência
para 2020 já balançou as redes em sete oportunidades nessa edição, o segundo é
Gustavo Scarpa, do Palmeiras, com seis.
Os Millonarios também não devem ter desfalques. O volante
Enzo Pérez sentiu o ombro, mas treinou normalmente e deve ir para o jogo. O
atacante Matias Suárez foi poupado na semifinal da Copa Argentina, mas também
foi relacionado e deve iniciar a partida.
Antes mesmo da bola rolar, a arbitragem chamou a
atenção. A Conmebol anunciou uma mudança
no árbitro responsável pelo VAR na final. O peruano Diego Haro foi tirado da
função e, em seu lugar, o uruguaio Esteban Ostojich foi o escolhido.
Para a antiga vaga de Ostojich, Victor Carrillo foi chamado.
Essa modificação foi necessária porque Haro descumpriu a política interna de
arbitragem da entidade, já que deu entrevista sem autorização prévia. O árbitro
falou com uma rádio argentina não só sobre a expectativa para o jogo, como
também elogiou as duas equipes.
Principais armas
Nos últimos dez jogos, o River Plate teve uma média de 62%
de posse de bola, trocando uma média de 602 passes. É um time que gosta de ter
a bola, mas não para atacar o tempo todo, como foi visto no segundo jogo da
semifinal contra o Boca Juniors. O River não tem um grande volume de jogo, tem
uma média de 17 finalizações por partida, mas segue a ideia de Cruyff que
afirma que a “a melhor maneira de se defender é quando a bola não está com o
adversário”.
Desde a derrota para o Bahia, o Flamengo marcou 55 gols –
uma média de 2,2 gols por partida. Em 29 oportunidades foram construídos com
bola pelo chão, e 20 foram a partir de jogadas rápidas, com um máximo de cinco
toques da defesa para o ataque. Assim como o River gosta de manter a posse de
bola, mas é direto, rápido e muito vertical no ataque. Outra arma poderosa é a
bola parada, em especial os pênaltis (7) e escanteios (6).
FICHA TÉCNICA
Flamengo x River Plate
Data: 23 de novembro,
2019
Horário: 17h (horário de Brasília)
Local: Estádio Monumental, em
Lima-PER
Árbitro: Roberto Tobar (CHI)
Assistentes: Christian Schiemann (CHI)
e Claudio Rios (CHI)
VAR: Esteban Ostojich (URU)
Flamengo: Diego Alves; Rafinha, Pablo Mari, Rodrigo Caio e
Filipe Luís; Willian Arão, Gerson, Arrascaeta e Everton Ribeiro; Bruno Henrique
e Gabriel Barbosa. Técnico: Jorge Jesus
River Plate: Armani; Montiel, Martínez, Pinola e Casco; Enzo
Pérez, Palacios, De La Cruz e Nacho Fernández; Borré e Suárez. Técnico: Marcelo
Gallardo