Médicos do Hugo anunciam paralisação de 24 horas
Ato ocorrerá na próxima quinta-feira (28) em reação ao comunicado da transferência de 276 servidores efetivos do Hospital para outras unidades. Foto: Divulgação.
Jorge Borges
Médicos do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) anunciaram ontem (25) que irão paralisar as atividades na próxima quinta-feira (28). A ação é organizada pelo Sindicato dos Médicos no Estado de Goiás (Simego) e é motivada, de acordo com a entidade, pela ausência de negociações com a administração pública estadual e com o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS). A organização social (OS) irá assumir a gestão da unidade a partir do dia 1º de dezembro.
De acordo com representantes do Simego, a paralisação foi decidida após a Secretaria de Estado da Saúde (SES) anunciar a transferência de 276 servidores efetivos do Hugo para outras unidades. A entidade afirma que o poder público apenas reuniu os servidores para fazer o comunicado e que não houve diálogo nem com os profissionais nem com o sindicato.
Por meio de nota, o Simego afirmou que encaminhou a pauta de reivindicações para a OS que administra a unidade atualmente, o instituto Haver.
O Sindicato dos Trabalhadores(as) do Sistema Único de Saúde no Estado de Goiás (Sindsaúde/GO) também se manifestou após o anúncio da SES. A entidade promoveu uma assembleia na porta da unidade na manhã desta segunda-feira (25). O objetivo foi denunciar as consequências da retirada dos trabalhadores da unidade.
Na ocasião, a presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves, destacou inúmeros pontos de não-concordância da Instituição e dos sindicatos com a SES. “Quando eles procuram outros locais para trabalhar são informados de que não há possibilidade de atuação. Ou seja, profissionais com quase 30 anos de trabalho no Hugo serão retirados e não sabem onde vão atuar”, afirmou.
Outros atos já estão programados pela entidade ao longo desta semana, inclusive na SES e no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) para solicitar a revogação das remoções. O sindicato planeja, ainda, um ato na Praça do Bandeirante na quinta-feira (28) para denunciar a realidade para a população, além uma assembleia geral da categoria na manhã de sexta-feira (29).