Nielton Soares

Um médico morreu após abordagem da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) na madrugada desta quinta-feira (28), em Brasília – DF. Familiares relataram que ele estava na fila de transplante para receber um órgão e nunca havia pegado em uma arma de fogo.

Luiz Augusto Rodrigues, de 45 anos, Guto como era chamado, atuava como endocrinologista e era natural de Ceres, mas morava e trabalhava em Brasília, onde esperava por um transplante de fígado e pâncreas. Ele lutava contra uma grave insuficiência hepática.

A família está revoltada e indignada da maneira que a polícia agiu nesse episódio. Ele deixa dois filhos: um adolescente e um menino de 4 anos.  PM-DF rebateu, informando que a vítima estava na companhia de um homem, em atitude suspeita.

O médico tinha recentemente retornado ao trabalho na Clínica da Mama, pois havia se afastado devido aos problemas de saúde. 

Há menos de dois anos, Guto foi vítima de um assalto na chácara dos pais, em Rialma, próximo de Ceres, cidade cujo corpo do médico será sepultado. 

Nota da PM-DF

“Policiais militares suspeitaram de dois homens que estavam próximos de um Ford/Ranger na comercial da 314/315 da Asa Sul e realizaram a abordagem. Um dos suspeitos sacou uma arma de fogo, um revólver calibre 38 e apontou em direção aos policiais. Diante do risco iminente, os policiais não tiveram alternativa e efetuaram dois disparos em direção ao homem. Imediatamente os policiais solicitaram socorro ao Corpo de Bombeiros Militar que confirmou o óbito no local do fato. A ocorrência foi registrada na 1º Delegacia.”