Nielton Soares

Do total da população em situação de rua, em Goiânia, 75% são homens negros e pardos e 43% possuem ensino fundamental incompleto, constatou uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Ao todo, 353 pessoas foram identificadas. 

O levantamento identificou 286 adultos, 25 idosos e 11 crianças. Desses, 34,2% abandonaram a residência por causa de problemas familiares, sendo que a maioria já trabalhou com carteira assinada. 

Denis Oliveira do Movimento da População em Situação de Rua criticou a maneira que a pesquisa foi feita, contando com a presença da Polícia Civil de Goiás (PC-GO) e da Guarda Municipal (GCM). Segundo ele, as pessoas ficam intimidadas com a presença da polícia. 

O secretário municipal de Direitos Humanos, Filemon Pereira, acredita que a pesquisa irá auxiliar o poder público no desenvolvendo políticas públicas e atender as demandas dessas pessoas. Como cursos de alfabetização e outros, de parceria entre a Prefeitura e a UFG.

Além da população em situação de rua, a pesquisa apontou que aproximadamente 435 pessoas utilizam da rua como local de trabalho, exercendo funções como de catadores de material reciclável, vigias de veículos (flanelinhas), lavadores de veículos, aqueles que trabalham nos semáforos (malabaristas e limpadores de para-brisas), dentre outros.