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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Ato de amor

Diversas ações podem ser feitas em prol dos animais e uma delas é a adoção

Nesta época do ano, em que as pessoas estão cercadas pelo espírito natalino, cresce a adoção de animais

Postado em 16 de dezembro de 2019 por Sheyla Sousa
Diversas ações podem ser feitas em prol dos animais e uma delas é a adoção
Nesta época do ano

Daniell Alves

Diversas ações podem ser feitas em prol dos animais e uma delas é a adoção. Nesta época do ano, em que a sensibilidade está mais aflorada, muitas pessoas decidem adotar um animal. Cães, gatos e passarinhos já fazem parte da família de várias pessoas no Brasil. Mas, por outro lado, cerca de 170 mil animais ainda estão sob cuidados de 370 Organizações Não-Governamentais (ONGs) e grupos que atuam na área de proteção animal em todo o país. É o que aponta um levantamento feito pelo Instituto Pet Brasil. 

São essas ONGS e abrigos que mantêm a esperança dos animais de conseguirem uma nova família. Muitos dos voluntários atuantes nesses locais não conseguem ter uma vida comum, pois os animais precisam de cuidados especiais e amor para sobreviver. As pessoas que atuam em defesa dos bichos resgatam, cuidam e protegem simplesmente por amá-los incondicionalmente. Entre estes acolhedores está o abrigo Amigo Inocente, localizado no Residencial Buena Vista, em Goiânia, na Região Oeste da Capital. 

O abrigo possui mais de 100 cachorros e gatos distribuídos em três locais diferentes. O dono do local, Augusto Karim e sua esposa Flúvia Karim administram três abrigos diferentes, que estão situados no mesmo setor. Protetor de animais há 15 anos, ele começou a abrigar animais de rua em um apartamento. Com a casa lotada de cães e gatos, ele decidiu alugar mais dois espaços – um gatil e um canil. A meta é juntar todos eles no mesmo espaço. 

Hoje, ele e a esposa passam grande parte do dia cuidando dos animais para que eles possam viver em boas condições e, se possível, ter um novo lar. Os custos dos abrigos são mantidos por meio de doações e com o suor do trabalho do casal. “Precisamos de ração, produtos de limpeza, medicamentos vacinas, castração e até mesmo dinheiro para pagamentos de atendimentos clínicos. Estamos devendo mais de R$ 5 mil”, diz Augusto. 

Quando não está cuidando dos animais, Augusto trabalha como desossador em um frigorífico da região. “A maioria dos animais que eu resgatei foi para tentar salvar a vida deles”, explica. Durante esses três anos, foram mais de 400 animais que receberam uma nova chance do Abrigo Cantinho Amigo. 

“Eu tenho muito amor por eles [animais]. Muitas vezes são descartados e tratados como objetos pelas pessoas. Eles existem para mim. E nos últimos anos têm sido o significado da minha vida. Não sou eu que salvo eles. Eles que me salvam e fazem a minha vida ter sentido”, destaca. 

O mais importante é que os animais não são doados para qualquer um, explica Augusto. É preciso ter a certeza que eles vão estar bem fisicamente e psicologicamente. “Há termos de adoções e as pessoas precisam assinar, atestando que concordam com as regras estabelecidas”, informa. Por exemplo, suposto adotante tem que ter, no mínimo, disposição e dinheiro para levar o animal ao veterinário. É complicado, exaustivo, cansativo. Às vezes eu e minha esposa não saímos nem para ir à esquina. Não tem sábado, domingo e nem feriado, mas eu não me arrependo, não”, diz. 

Amor e solidariedade

Adotar um animal é a maneira mais singela de demonstrar o amor pelos bichos. Foi o que fez o estudante Eduardo Domingos, 21 anos, que adotou uma gata no último mês. Ele enxerga a adoção como de extrema importância, pois a ação olha para os animais sem distinção ou preconceito. “Muitas vezes as pessoas só se importam com a raça do animal, com a beleza e outras coisas. Não adotam cães vira-latas ou que morem na rua. 

A gata se alimenta basicamente de ração e tem cuidados de rotina com um veterinário. A felina de Eduardo teve a sorte de conseguir uma família, mas aqueles que vivem nas ruas, segundo ele, acabam sendo maltratados pelas pessoas. “Eu acho muito importante que as pessoas acolham um animal, seja de alguma ONG ou encontrado na rua”, frisa. 

Oportunidade para os animais terem uma família 

Além dos animais mais comuns, como cães e gatos, aves também já fazem parte da família das pessoas. A calopsita é uma delas. Jullyana Andrade, 20 anos, adotou uma calopsita branca, após o antigo dono anunciar que não teria condições de cuidar da ave. Ela diz que o passarinho é bem dócil e vive solto dentro de casa.

A adoção, destaca, é uma forma de dar oportunidade para que os animais tenham um lar e vivam felizes com uma família de verdade. Apesar de também ter adotado outros dois cachorros, Jullyana afirma que é mais fácil cuidar do passarinho. “É um animalzinho pequeno, não dá tanto trabalho e são amorosos com os donos quando bem cuidados”, ressalta.

Para que a calopsita se sinta bem, são necessários alguns cuidados básicos: manter a casa e a gaiola limpas, trocar a água e alimentá-la regularmente. “É bom não ficar pegando nela porque acaba ficando muito estressada, principalmente se for uma pessoa desconhecida. Não é legal ficar dando banho. Na hora que quiser, ela mesma se banha dentro da vasilha de água”, explica a dona. 

Com relação à alimentação, a ave come sementes. Também se alimenta de ovos, frutas, grãos de arroz, pão e tudo que for mais duro. “Aqui em casa tem uma árvore que ela gosta de subir para ficar mordendo a madeira”, conta Julyana.

Projeto ajuda a castrar animais de rua 

Em Goiânia, o projeto Tampatas arrecada tampinhas plásticas para castrar animais de rua ou aqueles que se encontram em situação precária. Após as doações das tampinhas, elas são recicladas e toda a renda é destinada para ajudar cães e gatos de rua. 

A castração é um único meio ético e humanitário para controle populacional de animais a longo prazo. A medida diminui a quantidade de animais nas ruas, maltratados e marginalizados, contabilizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 30 milhões de animais nas ruas do nosso país. 

Conforme é explicado na rede social do projeto, as tampinhas plásticas são itens recicláveis, muito poluentes e normalmente mal descartadas, representando um grave problema ambiental. Elas são arrecadadas pela facilidade de armazenamento. O projeto tem parceria com a Ordem dos Advogados de Goiás (OAB-GO), por meio da Comissão Especial de Proteção e Defesa Animal (CEPDA). (Daniell Alves é estagiário do Jornal O Hoje sob orientação do editor interino de Cidades Rafael Melo) 

Pontos de Tampatas 

Loja colaborativa Coolab

R. 91, n 489 – St. Sul, Goiânia – GO, 74083-150

De quarta a domingo, a partir das 17 hrs

Lanchonete Bom Sabor

Rua 55, Quadra 123, n 720 – St. Central, Goiânia – GO, 74045-120

Horário comercial

 

Adoção de animais do Cantinho Amigo 

– As pessoas interessadas em adotar um animalzinho do abrigo Cantinho Amigo podem entrar em contato pelo Instagram @cantinho_amigo. É necessário ter condições de cuidar do animal adotado e assinar um termo com as condições exigidas.  

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