Presidente da Câmara admite possibilidade de não votar Plano Diretor
Presidente considera não votar Plano Diretor 2020
Samuel Straioto
A votação do projeto de atualização do Plano Diretor de Goiânia ficou para 2020. A matéria está apta para ser votada em primeira votação no Plenário da Câmara Municipal. Para que isso ocorra, basta que os vereadores que pediram vistas ao projeto devolvam o texto. No entanto, com a não aprovação em 2019 e a aproximação do processo eleitoral, o presidente da Câmara Municipal, Romário Policarpo (Patriota), cogita a possibilidade de não votar o projeto no ano que vem.
“Não sei nem se iremos votá-lo”, declarou o presidente em entrevista à imprensa. O vereador declarou que pretende dialogar com os demais parlamentares após o fim do recesso, para que juntos decidam se a votação ainda é viável no ano de 2020.
A Câmara retornará os trabalhos legislativos em plenário somente no dia 4 de fevereiro de 2020. O projeto além de passar em primeira votação pelo plenário, ainda terá uma discussão mais aprofundada na Comissão Mista da Câmara para depois chegar em segunda e última votação no plenário. O presidente pretende discutir a questão com os colegas ainda no período de recesso parlamentar.
“Caso seja viável aí sim vamos discutir prazos e datas”, defende Policarpo, ao pontuar que alguns vereadores têm o entendimento de que não é salutar para Goiânia discutir o Plano Diretor no momento eleitoral. “É uma discussão muito técnica que não pode ser levada para o campo político”, avalia o presidente da Câmara
Para Romário Policarpo, deixar de votar o projeto no próximo ano não traria prejuízos à cidade. “Até porque temos um plano vigente, e essa é uma correção. Mas agora é o momento para que todos os vereadores reflitam, até eu mesmo. E quem sabe posso até mudar de ideia e apostar que seja possível aprovar o projeto em 2020”, argumenta.
A Câmara pretende contratar uma empresa para fazer as avaliações do projeto do Plano Diretor. A intenção é contratar a mesma empresa que elaborou o Plano para a Prefeitura em 2007. Mas com a possibilidade de retirada do projeto, não haveria segundo o presidente da a necessidade da contratação. “Não faz sentido contratar a empresa se o plano não for ser votado”, conclui.