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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
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Discussão

Maioria desiste de falar sobre política no WhatsApp, aponta pesquisa

Do total de entrevistados, 51% disseram não comentar ou compartilhar assuntos que geram discussões com familiares e amigos – Foto: Reprodução.

Postado em 24 de dezembro de 2019 por Nielton Soares
Maioria desiste de falar sobre política no WhatsApp
Do total de entrevistados

Nielton Soares

Uma pesquisa constatou que mais da metade dos brasileiros que participam de grupos de WhasApp, 51%, deixaram de fazer qualquer menção a política. Além disso, se evitou fazer comentários e compartilhamento para evitar brigas com familiares ou amigos. 

A autocensura foi apontada pelo Datafolha, indicando que o percentual maior está no grupo de funcionários públicos, que chegam aos 61% e daqueles com ensino superior (59%). Já as donas de casa abandonaram o assunto para evitar desentendimentos domiciliar.

No total, um em cada quatro saiu de algum grupo da rede social para evitar as discussões, isso representa 27%, outros 19% bloquearam ou deixaram de seguir um amigo, familiar ou empresas contrárias às posições políticas delas. 

A pesquisa ouviu 2.948 pessoas entre os dias 5 e 6 deste mês, em 176 municípios pelo Brasil. As respostas são referentes aos comportamentos dos entrevistados no último ano, de dezembro do ano passado para este. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. 

Como os brasileiros veem as redes sociais 

Para 77% dos entrevistados, as redes sociais auxiliam os grupos a terem voz por um meio de comunicação. Essa percepção é maior dentre os ricos, que representam 80% daqueles que ganham mais de dez salários. Dentre os jovens, de 16 a 24 anos, são 86%. Os de ensino superior chegam a ser 90%. Os demais: 64% têm ensino fundamento e 62% com 60 anos ou mais. 

Em relação ao papel político, para 54% é um meio importante para que políticos estejam atentos à opinião do eleitorado. Já 48% acreditam ser importante par criar discussões sociais; 43% disseram ajudar a influenciar o debate político. Nesse quesito, o índice sobe para 53% para aqueles que se identificam com o Partido Social Liberal (PSL), que era a legenda do presidente Jair Bolsonaro. 

 

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