Procuradores da Prefeitura de Goiânia são suspeitos de corrupção
MP-GO acionou os dois servidores por improbidade administrativa e peculato – Foto: Reprodução.
Nielton Soares
Dois procuradores da Prefeitura de Goiânia foram acionados pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO). Dalmir Batista da Silva e Marden de Carvalho Bessa ocupam cargos comissionados na Procuradoria-Geral de Goiânia e são acusados de cometerem atos de improbidade administrativa, mediante retenção de valores em depósitos judiciais.
Eles são acusados ainda de terem cometido crime de peculato. A ação civil pública (ACP) contra os dois servidores foi ingressada pela 20ª e 89ª Promotorias de Justiça de Goiânia e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Na peça, os promotores de Justiça Carmem Lúcia Santana de Freitas, Juan Borges de Abreu, Marlene Nunes Freitas Bueno e Paulo Eduardo Penna Prado solicitam a indisponibilidade de bens de Marden e Dalmir, nos valores de R$ 106.078,21 e R$ 927.830,83, respectivamente.
Histórico
Esse caso é um desdobramento da apuração que já foi ajuizada e apontava falta de prestação de contas ou insuficiências delas, por não demonstrares para quem eram pagos parte de recursos dos depósitos judiciais.
O caso está aguardando julgamento na 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), de recurso do MP-GO. Uma vez que foi julgado improcedente, pela 4ª Vara da Fazenda Pública Municipal.
Nota da Prefeitura de Goiânia na íntegra
Sobre a notícia “MP-GO aciona procuradores do município de Goiânia por improbidade administrativa” publicada nesta sexta-feira (24/1) no site do Ministério Público de Goiás esclarecemos que os servidores Dalmir Batista da Silva e Marden de Carvalho Bessa não são procuradores do Município de Goiânia e não ocupam atualmente quaisquer cargos comissionados na Procuradoria Geral do Município. Na verdade, atuaram na Procuradoria em anos anteriores a 2016 como advogados do município comissionados. A partir de 2016, somente procuradores de carreira concursados atuam no município. A conduta imputada aos advogados citados é decorrente de atos isolados praticados individualmente e o Município de Goiânia ira atuar em conjunto e cooperação com o Ministério Público para apuração dos fatos.