Para ministro da Saúde há mais possibilidade de “morrer de dengue do que de coronavírus” no Brasil
Apenas nas primeiras quatro semanas de 2020, foram notificados 4.157 casos de dengue e 1.794 confirmados – Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Diego Anatálio
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (5), que o Brasil tem 11 casos suspeitos de cornavírus e nenhum confirmado. Enquanto dados da Secretaria de Saúde, apontam que, apenas nas primeiras quatro semanas de 2020, foram notificados 4.157 casos de dengue e 1.794 confirmados.
Apesar do temor quanto ao novo vírus, que já matou 490 pessoas na China, e infectou 24.324 pacientes pelo país, o ministro da Saúde, Luis Henrique Mandeta, alerta para outro risco, que está no Brasil desde o século passado, a dengue.
De acordo com o instituto de pesquisa Oswaldo Cruz, os primeiros relatos de dengue, no Brasil, foram no final do século XIX, mas em 1955 o Aedes aegypti foi erradicado. No entanto, no final da década de 1960, o relaxamento das medidas adotadas levou à reintrodução do vetor em território nacional. Hoje, o mosquito é encontrado em todos os estados brasileiros.
“É muito mais grave e há mais possibilidade de, no Brasil, se morrer de dengue do que de coronavírus”, afirmou o ministro Luis. Em 2019 foram registrados 1.544.987 casos de dengue, um aumento de 488% em relação a 2018, desse total, 782 pessoas morreram, comprovam os dados do Ministério da Saúde.
No último dia 10, o Ministério da Saúde publicou nota para
mobilizar a comunidade no combate à dengue. “O Ministério da Saúde convoca a
população brasileira a continuar, de forma permanente, com a mobilização
nacional pelo combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya,
doenças que podem gerar outras enfermidades, como microcefalia e
Guillain-Barré, o Aedes aegypti”.
O Estado de Goiás não está entre os 11 estados com maior risco de
surto de dengue em 2020, segundo o Ministério da Saúde.