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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Acompanharam Apresentação

Lideranças feministas fazem pedidos ao Atlético após chegada de Jean

Jean convidou as mulheres para uma conversa em particular após a coletiva – Foto: Paulo Marcos/ACG

Postado em 13 de fevereiro de 2020 por Raphael Bezerra
Lideranças feministas fazem pedidos ao Atlético após chegada de Jean
Jean convidou as mulheres para uma conversa em particular após a coletiva - Foto: Paulo Marcos/ACG

Felipe André

goleiro Jean foi apresentado na tarde de ontem e contou
com ilustres presenças. Mulheres que encabeçam 32 entidades que se intitulam de
‘Coletivo Goiano de Mulheres” e que estiveram presentes no protesto na primeira rodada do Campeonato Goiano, poucos dias após a contratação do atleta, foram
convidadas pelo clube a acompanhar as primeiras falas do reforço do Atlético
após ser acusado de agressão pela ex-mulher.

“Ele quis conversar conosco. Ele tem 24 anos e mostrou
sinceridade, nós sabemos quando uma pessoa está fazendo a cena. Ele mostrou
sinceridade, e queríamos agradecer, pois de alguma forma ele dá um bom exemplo,
mesmo cometendo o crime que não se justifica, mas se retratando, dizendo que
não fará mais e entrando na campanha contra a violência é um excelente
exemplo”, ressaltou Cida Alves, de 52 anos e psicóloga, que lidera o movimento.

Cida Alves avaliou a entrevista de Jean como positiva e
destacou que o atleta não tentou se justificar de seus atos, mas que pediu
desculpas. O Atlético Goianiense se comprometeu a entrar na campanha contra a
importunância sexual na época do carnaval.

“Para nós foi muito simbólico, tanto a recepção da diretoria
fez ao todo o grupo, ouviu a nossa pauta com muita atenção, todos os nossos
pedidos eles se comprometeram. Por parte do Jean sentimos sinceridade no
reconhecimento do erro, ele demonstrou humildade e é isso que a gente quer.
Entendemos que a masculinidade ela não deve ser associada a violência, mas a
integridade, capacidade de reconhecer os erros. Ele deu um bom exemplo de
reconhecer o erro, não justificar, e se comprometer a nenhum tipo de violência
contra as mulheres e se der tudo certo entrar na nossa campanha ‘Violência Zero
contra as Mulheres’”, completou Cida.

As mulheres que lideram o movimento se reuniram com membros
da diretoria do Atlético, sem a presença de Jean, para discutir o que poderia
ser feito. O Coletivo Goiano de Mulheres realizou então três pedidos, que foram
aceitas pelo clube rubro-negro.

“Um assessor fez o contato dizendo que queria
conversar conosco e organizamos um encontro coletivo aqui mesmo na sede do
Atlético, onde nós mulheres conversamos muito sobre um ídolo e os efeitos
quando ele comete violência. Explicamos, mostramos as evidências, o impacto
disso no psicológico de quem presencia. No fim nós fizemos três pedidos, o
primeiro foi esse de retratação pública, que o Atlético assuma a campanha
contra a violência de gênero e a terceira de incentivo ao futebol feminino”, finalizou
Cida. 

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