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terça-feira, 26 de novembro de 2024
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Violência sexual

Bispo preso no DF fazia sexo com vítimas para “tirar maldição”

João Batista dos Santos é suspeito de abusar de adolescentes e mulheres que frequentavam igrejas comandadas por ele em Goiânia e no Distrito Federal| Foto: Divulgação

Postado em 20 de fevereiro de 2020 por Redação
Bispo preso no DF fazia sexo com vítimas para “tirar maldição”
João Batista dos Santos é suspeito de abusar de adolescentes e mulheres que frequentavam igrejas comandadas por ele em Goiânia e no Distrito Federal| Foto: Divulgação

Eduardo Marques*

O bispo de oito igrejas evangélicas suspeito de estuprar fiéis no Distrito Federal e em Goiânia alegou que fazia sexo com as vítimas porque era necessário para “tirar a maldição”. Após penetrar em adolescentes e mulheres, segundo  a publicação do Metrópoles, João Batista dos Santos, de 40 anos, dizia que subiria em um monte para se livrar da carga espiritual adquirida durante a relação.

O Hoje não localizou a defesa do suspeito, no entanto ressalta que o espaço continua aberto para manifestações, caso haja interesse. 

O líder religioso foi detido na madrugada desta quarta-feira (19) no Aeroporto Internacional de Brasília, ao desembarcar de um voo que vinha de Foz do Iguaçu, no Paraná. Ele é acusado de violentar mulheres no Gama, Recanto das Emas, em Cristalina e Goiânia.

Segundo a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), uma vítima de 13 anos teria procurado o líder religioso, em 2017, para pedir conselhos sobre sua orientação sexual. O abusador, então, respondeu indicando um “tratamento” que consistia em passar o que ele dizia ser óleo ungido nas partes íntimas da menina.

De acordo com investigadores, o bispo evangélico buscava a garota em casa e falava aos pais dela que ela o ajudaria a resolver algumas questões relacionadas ao culto. Quando se certificava que estavam sozinhos, a despia e praticava o estupro.

João Batista ainda teria pedido para que a adolescente lhe enviasse fotos nuas, pois precisava das imagens para orar por ela no monte. A vítima desenvolveu síndrome do pânico e, no meio do tratamento, contou ao profissional e aos pais, já em 2019, a violência sexual sofrida.

Outros quatro abusos

Contra o bispo há registro de outros quatro abusos. O primeiro é datado de 2013. Os outros casos são de 2014, 2016 e 2017. No de 2014, em um processo no DF aberto para investigar supostos abusos contra uma jovem de 21 anos e uma adolescente de 15, ele foi absolvido. 

O mesmo ocorreu em 2017, quando acabou isento em um processo registrado na 14ª DP (Gama) que apurava denúncia de estupro de duas garotas: uma de 16 e a outra de 17 anos. Já no de 2016 acabou condenado por violação sexual mediante fraude contra uma mulher de 19 anos.

*Com informações do Metrópoles 

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