Major da PM acusado de agredir estudante é flagrado com carro roubado na BR-414, em Corumbá
A defesa do militar afirmou que ele é vítima da situação e não tinha conhecimento dos registros do carro – Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Igor Afonso
Augusto Sampaio de Oliveira Neto, major da Polícia
Militar (PM), acusado de agredir o universitário Mateus Ferreira da Silva durante
um protesto em Goiânia, foi flagrado dirigindo um carro com registro de roubo e
placa clonada, em Corumbá, região central de Goiás.
Segundo a defesa do major, o militar é vítima desta
situação e não tinha conhecimento dos registros de roubo e placa clonada do
carro. A PM informou, em nota, que o major foi conduzido “por Policiais
Militares a Delegacia de Polícia por estar conduzindo um veículo adulterado,
produto de furto. O policial em tela alegou ter comprado de terceiros e não ter
conhecimento da procedência ilícita do veículo”. (Confira a nota na íntegra no
final da matéria)
Em abordagem policial no último sábado (14), equipes da
Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar, encaminharam o militar para a
Central de Flagrantes de Anápolis, onde em depoimento alegou que “desconhecia
essa ocorrência e que, após uma vistoria mais detalhada no veículo,
constatou-se que ele tinha indícios de adulteração na numeração do chassi e foi
possível chegar à placa original, tratando-se o mesmo veículo furtado-roubado”.
Conforme o registro policial, o major declarou
“estar com o carro de boa-fé, que ele foi envolvido em uma negociação de
uma caminhonete Dodge/Ram e estava apenas como garantia de pagamento do
restante da dívida”. Após o depoimento, ele foi liberado.
Rodrigo Luiz Jayme, delegado responsável pelo caso,
afirmou que o carro está apreendido para
exames de perícia, que ajudarão posteriormente na conclusão do inquérito
policial.
Nota da Polícia
Militar
A Assessoria de Comunicação Social da
Polícia Militar do Estado de Goiás esclarece que o policial militar abordado,
em uma rodovia do Estado, foi conduzido por Policiais Militares a Delegacia de
Polícia por estar conduzindo um veículo adulterado, produto de furto. O
policial em tela alegou ter comprado de terceiros e não ter conhecimento da
procedência ilícita do veículo.
Diante dos fatos, a Polícia
Judiciária colheu o termo do conduzido, instaurou inquérito policial e liberou
o condutor, sendo realizado compromisso de apresentar a pessoa da qual teria
comprado o veículo em questão.
A Polícia Militar não compactua com
desvios de conduta e reitera seu compromisso com os princípios legais.