Com nova roupagem, sucessos de Zeeba compõem o álbum ‘Reset’, lançado nesta sexta (27)
Novo álbum ‘Reset’ transparece a essência e musicalidade do cantor e compositor Zeeba – Foto: Divulgação.
Elysia Cardoso
Redefinir, essa é a proposta de Zeeba. Com a quantidade de hits que possui na carreira, o artista poderia colocá-los todos em uma mala e viajar o mundo umas 17 vezes apresentando-os pelos 195 países. Só que ele preferiu retornar à origem e ao propósito que o fizeram músico. O álbum ‘Reset’ chega as plataformas digitais nesta sexta-feira (27) e possui 9 faixas, todas de autoria do artista. O cantor e compositor é natural de San Diego, na Califórnia, veio com os pais brasileiros ao país e voltou aos EUA para estudar música. De lá trouxe, consigo uma bagagem de hits, entre eles ‘Hear me Now’ em parceria com Alok e Bruno Martini.
‘Reset’ chega com uma roupagem nova dos sucessos de Zeeba. ‘Hear me Now’ é despida dos arranjos eletrônicos e retorna as suas origens, conforme foi concebida – em violão, piano, voz e uma certa percussão. “É realmente uma releitura de todas as parcerias, esse álbum é mais para mostrar a cara do Zeeba. Tem pessoas que me confundem com Dj e esse foi um álbum para tirar todas as dúvidas e para mostrar mais a minha essência. Estou muito feliz com o lançamento, infelizmente o mundo todo está em uma fase difícil, mas creio que a ‘vibe’ do álbum faz com que as pessoas possam ouvir em casa tranquilamente, com canções bem otimistas e reflexivas. Acho legal nesse período as pessoas terem algo para se identificar e se entreter”, diz Zeeba em entrevista ao Essência.
Pensado juntamente com a ideia de uma turnê pelo Brasil e pelo mundo, os planos para os shows mudaram devido à pandemia de Covid-19. A turnê foi adiada em razão da suspensão de eventos e irá ocorrer em uma perspectiva mais acústica e repleta de boas referências. “Foi inspirado em um âmbito mais acústico, mais orgânico. Eu sou fã de The Lumineers, o álbum acústico do Nirvana apresentado na MTV também foi uma referência. A gente quis pegar elementos orgânicos como piano e violão”, conceitua Zeeba.
Com a produção intimista, Zeeba também fala sobre suas parcerias de longa data que fazem participação na musicalidade e produção do álbum. “ Todas as produções são de Pedro Montainer que é o meu tecladista e me acompanha há bastante tempo, ele e o Hermes Reis, na qual conheço desde os 10 anos é uma parada mais pessoal”, cita. ‘Never Let me Go’, outro hit de Zeeba ganha participação de Rafael Baptista no (violão), Pedro Montagnana (piano), Thomaz Ayres (percussão) e Hermes Reis (violão).
Brasilidade
Como presente para os fãs brasileiros a música ‘Tudo que importa’ também será lançada, sendo a primeira música do artista no idioma português. “Meus fãs sempre me pediram, falavam ‘pô você também é brasileiro, você está aqui no Brasil, faz uma música em português para gente’. E demorou bastante para eu fazer uma música que realmente fosse a minha verdade, que me representasse. Essa é uma música que eu achei que tinha tudo a ver, com os elementos de produção, que também que são elementos mais simples” informa Zeeba sobre a decisão de incluir a música no repertório.
Sobre a letra, o cantor expressa sua satisfação por falar de algo que considera ser a sua verdade. “Eu gostei muito da letra! Já tinha escrito algumas músicas em português, mas acho que essa foi a primeira que vez que achei que tivesse um lance reflexivo. É uma letra que fala como é bom ter alguém, que tudo fica mais bonito quando se tem alguém para compartilhar. Ela também fala sobre onde você quer chegar e onde queremos estar. É uma música que cada pessoa vai interpretar da sua forma e mesmo sendo em português, ela tem elementos no qual já havia feito em outras músicas”, garante o cantor.
Trajetória na música
Hoje aos 27 anos Zeeba é a voz brasileira mais ouvida no mundo, com mais de um bilhão de plays nas plataformas digitais, mas nem sempre foi assim. Em entrevista ele relata que escolheu a música para encarar momentos ruins da sua vida, e com a resistência, estreou na primeira banda.
“Primeira vez que entrei de cabeça na música foi em um colégio que eu sofria bullying. Na época eu tinha uns 13 anos e a música foi uma forma para eu ser mais aceito, tocava nos recreios do colégio e tudo mais. Lá tive uma primeira banda, lembro que era fã de punk rock, então começou aí. Inclusive fiz uma música no colegial, todo mundo cantava e nesse período tive oportunidade de fazer meu primeiro show”, cita.
De volta, em solo americano o cantor juntamente com sua ex-banda Bonavox, foi vencedor de um Grammy Amplifier, na Califórnia, um dos prêmios mais sonhados do cenário musical, que reconhece estrelas em ascensão em todo o mundo. “Então, em retorno Brasil, conheci o Bruno Martini e foi tudo meio rápido começamos a gravar um EP e uma das músicas era ‘Hear me Now’, que fazia parte do meu projeto solo e o Alok, escutou a música e sugeriu uma nova versão”, relembra Zeeba.
(Elysia Cardoso é estágiaria do jornal O Hoje, sob orientação do editor Lucas de Godoi)