Victor Pimenta

A pandemia do coronavírus já fez mais de trinta e nove mil
mortos espalhados ao redor do mundo. A doença que se originou em dezembro do
ano passado no continente asiático, mais precisamente na China, foi aos poucos
se alastrando pelo planeta e já são quase um milhão de casos confirmados com o
covid-19.

Na Dinamarca em questão já são duas mil, oitocentas e quinze
pessoas confirmadas com tal doença, e noventa vítimas fatais por conta do
coronavírus. No dia catorze desse mês a primeira morte aconteceu e com isso o
governo tomou medidas drásticas para evitar ainda mais vítimas fatais no país.

Quem mora e atua no futebol da Dinamarca é o zagueiro
brasileiro Nicolas Dantas, que defende as cores do Vejle BK. O jogador que
chegou ao país no ano passado, contou um pouco mais sobre a paralisação no
campeonato local.

“A mudança foi drástica cara. Aconteceu rápido e estávamos
treinando normalmente, seguindo os planos, enquanto isso estávamos ouvindo a
situação em outros lugares e o quanto a situação estava se alarmando e em um
dia normal de treino quando nós nos apresentamos, eles cancelaram os treinos em
cima da hora e fomos informados que algumas mudanças drásticas teriam que
acontecer e que teríamos que tomar mais cuidado e fomos liberados para casa”, disse
o atleta.

O jogador ainda falou da postura que a diretoria do Vejle BK
teve após a situação se agravar, sempre orientando os atletas e deixando tudo
claro sobre o ocorrido.

“Quando nos apresentamos no dia seguinte, novamente eles
tiverem que cancelar o treino que estava previsto para acontecer e informaram a
gente dizendo que eles tinham tido uma reunião e que eles iriam cortar os
treinos porque ninguém mais era permitido treinar dentro da Dinamarca. Eles se
posicionaram da melhor forma possível. Deixaram tudo bem claro e aberto para a
gente, falando tudo o que estava acontecendo e quais eram as reais situações”,
ressaltou Nicolas.

Depois que a primeira morte foi confirmada por conta do
covid-19, a Dinamarca decidiue ntão fechar as fronteiras para os estrangeiros
que não tiverem uma justificativa plausível para entrar no país. Esta medida
ficará a vigor até o dia treze de abril, não afetando o tráfego das mercadorias.

“A situação aqui na Dinamarca foi controlada rápida e o
governo agiu rápido em questão de fechar a fronteira entre outras coisas por
precaução. Em dois, três dias que alarmou a situação, eles conterem e acho eu
que dá melhor forma”, falou o brasileiro.

Natural de Santo André (SP), o zagueiro também falou como é
estar longe de seus familiares e sempre mantém contato avisando sobre como tem
passado longe de casa. Nicolas ainda orienta seus pais da melhor maneira
possível de se precaver em um momento como esse.

“Conversamos todos os dias, porque é complicado quando você
está vivendo assim dentro de casa e ter que evitar o máximo contato de fora,
somente para o necessário. Acompanhando sempre para saber se está todo mundo
bem em casa e se todos estão tomando as devidas precauções”, falou o
brasileiro.

Por ser um país de primeiro mundo e bem regrado, o zagueiro
disse como foram os primeiros dias em relação a alimentação e mantimentos para
ficar em casa, mas que agora está tranquilo quanto a organização do governo
dinamarquês.

“Aqui eu não tenho sentido falta de nada. Claro, no começo
foi aquela loucura, todos querendo comprar álcool em gel para se prevenir, mas
não chegou a faltar nada aqui não, foi bem organizado e eles se contiveram
bem”, ressaltou o zagueiro do Vejle BK.

A rotina teve que mudar por conta da paralisação no futebol
mundial. Agora de quarentena em casa e vivendo com sua namorada, Nicolas falou
como tem passado o tempo livre para ocupar a mente até que a bola volte a
rolar.