Sintego tenta derrubar decreto que suspende contratos de servidores temporários
Mais de 3 mil servidores são afetados pela suspensão – Foto: Reprodução/Sintego
Juliana Gomes
Preocupada com a situação dos servidores que tiveram os contratos temporários suspensos por tempo indeterminado, através de um decreto do prefeito Iris Rezende (MDB), o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintego) busca na justiça reverter a decisão.
De acordo com a presidente do Sintego, Bia de Lima, nesta semana foi protocolada uma ação civil pública com o objetivo de reverter o efeito do decreto. “Em tempos de pandemia, não é possível a Prefeitura surpreender a todos de forma tão negativa, já na metade do mês, prejudicando os/as trabalhadores/as dessa forma. O poder público neste momento deve exercer um papel muito além do que normalmente tem, é preciso zelar pela sobrevivência das pessoas, e temos certeza que não é desempregando servidores/as que isso será feito. As pessoas já estão passando dificuldades, enquanto a Prefeitura de Goiânia segue com suas obras não urgentes”, afirma.
O Sintego protocolou na última quinta-feira (16), uma nova ação na Justiça, agora com um Mandado de Segurança coletivo contra o município de Goiânia, onde solicita o pagamento integral dos servidores municipais, inclusive das substituições com vínculo e a concessão de medida liminar para suspensão a medida.
Ainda segundo Bia, o Sintego buscou, sem sucesso, antes de entrar na justiça, medidas alternativas de convencer a Prefeitura no sentido de reverter o decreto, pois, ressalta que é uma atitude cruel, desumana e publicada sem um diálogo anterior com os representantes dos trabalhadores. Os profissionais seguem à disposição da Secretaria Municipal da Educação.
O decreto
Mais de 3 mil servidores foram afetados pelo decreto nº 896 da Prefeitura de Goiânia publicado na última segunda-feira (13). Além dos contratos temporários, o decreto ainda corta substituições com vínculo e gratificações.