Justiça arquiva processo que apura denúncia de assédio contra pastor de Goiânia
Advogado do pastor disse que, ao analisar as provas, o MP e a PC entenderam que não houve crime. Defesa da estudante vai recorrer| Foto: Divulgação
Da Redação
O juiz Luiz Henrique Lins Galvão de Lima, da 7ª Vara Criminal de Goiânia, acolheu o parecer do Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) e determinou o arquivamento do inquérito policial aberto para investigar a denúncia de assédio supostamente praticado pelo pastor Davi Passamani contra uma estudante de 20 anos. Magistrado entendeu que houve “ausência de justa causa”. Caso corre em segredo de Justiça. Defesa da estudante vai recorrer da decisão.
A notícia do arquivamento foi anunciada nas redes sociais do líder religioso. Em vídeo publicado no Instagram, Wilson Carlos de Almeida Júnior, advogado do pastor, disse que, ao analisar as provas, o MP entendeu que não houve crime. Segundo ele, a Polícia Civil (PC) também já havia tido o mesmo entendimento dias atrás.
“Dessa forma, a conduta do pastor Davi Passamani não guarda relação com crime algum”, disse. De acordo com ele, é preciso atentar ao fato de que “uma família fora atingida”. “O pastor Davi, sua esposa e os filhos foram atingidos por acusações infundadas, mentirosas e públicas em fatos que deveriam guardar total segredo de justiça”, afirmou.
Ainda conforme relata o advogado, a defesa irá buscar a reparação “de toda imagem abalada e de toda calúnia e difamação indevidamente propagada”.
Relembre o caso
O caso ganhou repercussão no final de março após a estudante Gabriella Palhano publicar em sua conta no Twitter que o pastor Davi Passamani teria cometido assédio sexual contra ela.
À época, a jovem escreveu que o líder religioso passou a perguntar sobre assuntos da vida sexual dela e do namorado, além de afirmar que gostaria de sentir o beijo da estudante. No post, Gabriella diz que sentiu medo de denunciar o líder religioso e foi coagida por outros membros da igreja. “Disseram que eu tinha que perdoar porque era o diabo usando a boca dele e que tudo que o diabo queria era destruir aquela igreja”.
A estudante disse, ainda, que possuía troca de mensagens e gravações de chamadas de vídeo que comprovavam o crime. A Polícia Civil e o MP, no entanto, entenderam que não houve assédio.